No segundo dia em Auckland, começamos o passeio no Auckland Domain, explorando seus belos jardins. Subimos ao Mount Eden para admirar a vista panorâmica da cidade e seguimos para o bairro histórico de Parnell, com suas ruas arborizadas, lojas charmosas. Finalizamos o dia apreciando as paisagens costeiras do Bastion Point.
2º dia – Auckland panorâmica: Auckland Domain, Mount Eden e o charme de Parnell
Começamos nosso segundo dia em Auckland com um excelente café da manhã no Airedale Boutique Suites, o hotel onde estávamos hospedados. Após o café, fizemos o checkout, deixamos as malas no próprio hotel e já recarregadas as energias, seguimos para mais um dia de visitas.
Como havíamos planejado com antecedência, já tínhamos comprado online os bilhetes para o Auckland Explorer Bus, um ônibus turístico hop-on hop-off muito prático, que facilita bastante a locomoção pelas principais atrações da cidade e para percorrer distâncias mais longas.
Auckland Domain: natureza e história lado a lado
Nossa primeira parada do dia foi o Auckland Domain, o maior e mais antigo parque público da cidade. Localizado em uma antiga cratera vulcânica, o parque encanta com suas amplas áreas verdes, jardins bem cuidados e caminhos arborizados. O cenário é ideal para caminhar tranquilamente enquanto se aprecia a natureza, mesmo estando a poucos minutos do centro urbano.



Dentro do parque, se encontra Auckland War Memorial Museum. O museu possui uma vasta coleção de artefatos maori e polinésios, incluindo canoas cerimoniais, esculturas e peças que contam a história e as tradições da Nova Zelândia. Como o tempo estava sem chuva, optamos por não visitar o interior do museu e aproveitar o clima agradável para caminhar pelo parque, explorar seus belos jardins e seguir em direção às próximas atrações ao ar livre.

Mount Eden: o ponto mais alto de Auckland
Seguimos depois para o Mount Eden (Maungawhau), o vulcão adormecido mais alto da cidade. Do seu cume, tivemos uma vista panorâmica deslumbrante de Auckland e de seus arredores, incluindo o centro financeiro, o porto e as ilhas próximas. O cume do Monte Éden se eleva a 196 metros acima do nível do mar, com sua impressionante cratera em forma de tigela, que tem 50 metros de profundidade.
Em tempos pré-europeus, a montanha era usada como uma pā ou vila fortificada. As tribos maoris cavaram terraços na encosta colina e construíram paliçadas e valas defensivas ao redor dela, com poços de armazenamento de alimentos.
O nome maori do Monte Éden é Maungawhau, que significa “a montanha da árvore whau“, arbusto frondoso com vagens espinhosas, que pode ver crescendo nas encostas da montanha.
Os britânicos o chamaram de Monte Éden em homenagem a George Eden, primeiro conde de Auckland. O nome foi escolhido por William Hobson, primeiro governador da Nova Zelândia, para agradecer a Eden por ajudá-lo em sua carreira.
Parnell: charme colonial e igrejas históricas
Em seguida, retornamos ao Auckland Explorer Bus, que nos levou até o charmoso bairro de Parnell. Com suas ruas arborizadas e construções históricas restauradas, Parnell oferece um ambiente tranquilo, perfeito para caminhar sem pressa.
Parnell é frequentemente anunciada como o “bairro mais antigo” de Auckland, pois data dos primeiros dias da colonização europeia de Auckland em 1841. Foi nomeado em homenagem a Samuel Duncan Parnell, a quem se atribui o estabelecimento da jornada de trabalho de oito horas na Nova Zelândia.
No início do século XX, a rua principal havia se tornado decadente. O desenvolvedor imobiliário local Les Harvey começou a transformá-la, renovando as vilas históricas. Assim, hoje, Parnell Village é um lugar elegante e charmoso.

Tínhamos planejado visitar a Holy Trinity Cathedral (Catedral da Santíssima Trindade), porém, ao chegarmos, encontramos a catedral fechada, pois estava sendo preparada para um espetáculo que aconteceria mais tarde. A Catedral é a principal igreja anglicana de Auckland, concluída em 1995 e construída em estilo “gótico do Pacífico”, com magníficos vitrais. Ela acomoda 1.200 pessoas.
No entanto, ao lado dela, tivemos a oportunidade de visitar a bela Saint Mary’s-in-Holy Trinity Church, uma igreja anglicana de arquitetura vitoriana, toda em madeira clara, com lindos vitrais e um interior acolhedor e sereno.

St Mary’s estava originalmente situada do outro lado da rua e a transferiram para seu local atual em 1982. Assim, com 50 metros de comprimento, é a maior igreja gótica de madeira do mundo. Uma curiosidade é que realizaram nesta igreja o funeral de Sir Edmund Hillary, o primeiro a escalar o Monte Everest e renomado explorador da Antártida, em 2008.

Almoço em Parnell
Aproveitamos o passeio por Parnell para almoçar no Di Mare Restaurant, localizado na própria Parnell Road. O restaurante nos surpreendeu com pratos bem preparados e saborosos. Pedimos um espaguete com frutos do mar, ricamente servido com camarões e mexilhões; e um risoto com frutos do mar, igualmente delicioso e muito bem apresentado.

Bastion Point: um cenário de beleza e história
Logo após nossa visita a Parnell, seguimos para o Bastion Point (Takaparawhā), um dos pontos mais panorâmicos de Auckland. De lá, contemplamos vistas magníficas do horizonte urbano de Auckland. Sem dúvida, este é um dos melhores locais da cidade para registrar fotos incríveis do porto e do skyline.

Como o próprio nome indica, a localização estratégica de Bastion Point, com sua posição elevada sobre o mar, fez dele um importante ponto de defesa militar para a cidade. Durante décadas, especialmente entre 1885 e o final da Segunda Guerra Mundial, a área serviu intermitentemente como posto de defesa costeira. Entretanto, após a guerra, o local perdeu sua função militar, e boa parte das instalações originais acabou sendo removida. De fato, restou apenas um pequeno vestígio da antiga bateria de armas.
Hoje, além de sua beleza, Bastion Point abriga o Savage Memorial, dedicado a Michael Joseph Savage, um dos primeiros-ministros mais populares da Nova Zelândia. O memorial em estilo art déco, com seu obelisco e espelho d’água, está cercado por jardins, formando um dos recantos mais tranquilo de Auckland.

Aliás, a história de Bastion Point também carrega marcas importantes da luta pelos direitos dos povos indígenas. Assim, após a cessão pela tribo Ngāti Whātua à Coroa em 1885, a terra permaneceu sob controle governamental por décadas, mesmo após o fim de sua função militar. Entretanto, nos anos 1970, o governo pretendia vender a área para empreendimentos privados, o que levou a uma ocupação de 506 dias por parte dos maoris. Somente anos mais tarde, após decisão do Tribunal Waitangi, o Governo devolveu Bastion Point aos Ngāti Whātua como parte dos acordos de compensação pelas perdas históricas de terras.
Encerrando o dia: rumo ao hotel próximo ao Aeroporto
Com o final do dia se aproximando e já pensando no voo para Christchurch no dia seguinte, voltamos primeiro ao Airedale Boutique Suites para buscar nossas malas. Em seguida, optamos por chamar um Uber que nos levou até o Ibis Budget Auckland Airport. O hotel, localizado bem próximo ao terminal aéreo, foi a escolha ideal para descansar e facilitar o deslocamento na manhã seguinte.
Nosso roteiro na Nova Zelândia
Descubra mais sobre nossa viagem pela Nova Zelândia clicando nos links abaixo:
- Nova Zelândia I – Auckland: CBD, Viaduct Harbour e Wynyard Quarter
- Nova Zelândia III – Christchurch
- Nova Zelândia IV – Franz Josef Glacier
- Nova Zelândia V – Fox Glacier
- Nova Zelândia VI – Wanaka
- Nova Zelândia VII – Queenstown
- Nova Zelândia VIII – Arrowtown e Te Anau
- Nova Zelândia IX – Te Anau Milford Highway
- Nova Zelândia X – Milford Sound
- Nova Zelândia XI – Cromwell e Mount Cook Village
- Nova Zelândia XII – Mount Cook
- Nova Zelândia XIII – Lake Tekapo
- Nova Zelândia XIV – Hobbiton Movie Set
- Nova Zelândia XV – Rotorua