Nova Zelândia X – Milford Sound

Exploramos a beleza indescritível de Milford Sound, navegando entre paredões rochosos e cachoeiras verticais durante um cruzeiro noturno inesquecível. No dia seguinte, retornamos a Queenstown pela cênica State Highway 94, passando por vilarejos como Garston e paisagens impressionantes de Fiordland.

9º dia/2 – Milford Sound: natureza em sua forma mais grandiosa

A segunda parte do nosso nono dia na Nova Zelândia foi inteiramente dedicada a explorar um dos lugares mais impressionantes do planeta: Milford Sound / Piopiotahi. Este fiorde espetacular está inserido no Parque Nacional de Fiordland, na Reserva Marinha de Piopiotahi e faz parte do Patrimônio Mundial de Te Wahipounamu.

Milford Sound

Formado por milhões de anos de glaciação, Milford Sound se estende por cerca de 15 km para o interior a partir do Mar da Tasmânia. Cercado por escarpas rochosas que alcançam mais de 1.200 metros de altura, o fiorde oferece um cenário dramático, onde paredões verticais, águas profundas e cachoeiras majestosas criam uma paisagem quase surreal. Em dias chuvosos, o número de quedas-d’água se multiplica e muitas delas chegam a mais de cem metros de altura.

O nome Maori “Piopiotahi” remete à extinção do pássaro piopio, simbolizando luto. Em contrapartida, o nome europeu foi dado pelo capitão John Grono por volta de 1812, inspirado em Milford Haven, no País de Gales. A região permaneceu ignorada por muito tempo pelos exploradores europeus, como James Cook, devido à entrada estreita que escondia o fiorde. Somente com o passar dos anos a sua grandiosidade foi revelada ao mundo.

Considerado o destino turístico mais famoso da Nova Zelândia, Milford Sound foi aclamado como a “oitava maravilha do mundo” por Rudyard Kipling e, em 2008, recebeu o título de melhor destino turístico do mundo pelo Travelers’ Choice Destinations Awards do TripAdvisor.

Chegada ao fiorde: as primeiras paisagens

Chegamos a Milford Sound dirigindo pela State Highway 94. Assim que avistamos o fiorde, estacionamos inicialmente em um estacionamento gratuito. Desde ali, já era possível admirar vistas espetaculares e começar a registrar as primeiras fotos.

Em seguida, seguimos caminhando até a orla e o porto, num trajeto que levou cerca de 30 minutos. Durante a caminhada, aproveitamos para registrar diferentes ângulos do fiorde e explorar o pequeno vilarejo que serve de base para os visitantes.

Mesmo já conhecendo as imagens icônicas do local, não conseguíamos parar de olhar ao redor.

A combinação de águas escuras refletindo as montanhas, a vegetação densa e as nuvens tocando os picos criava uma atmosfera mágica.

Almoço e preparação para o cruzeiro

Após o passeio a pé, fizemos uma pausa para almoçar. Dessa forma, aproveitamos para recarregar as energias e nos preparar para o momento mais esperado do dia: o cruzeiro noturno. Em seguida, voltamos ao carro e dirigimos até o terminal de embarque. O estacionamento naquela área era pago, no entanto, optamos por deixar o veículo ali durante a noite por ser mais conveniente e seguro.

Cruzeiro noturno pelo Milford Sound

Já tínhamos comprado os bilhetes para o Milford Sound Overnight Cruise com antecedência. Iríamos navegar a bordo do Milford Mariner, um barco tradicional que oferece uma vivência imersiva e tranquila pelas águas do fiorde.

Milford Mariner, Milford Sound, Nova Zelândia.

Assim que embarcamos no Milford Mariner, o capitão nos recepcionou e apresentou as instruções de segurança e explicou o funcionamento do cruzeiro. Em seguida, nos dirigimos ao nosso camarote privativo, que nos surpreendeu positivamente pelo conforto.

Logo depois de nos acomodarmos, subimos ao convés principal. Enquanto o barco iniciava sua navegação pelas águas do fiorde, permanecemos ali fora, contemplando o cenário grandioso que nos cercava. À medida que nos afastávamos da vila de Milford Sound, os paredões rochosos se tornavam ainda mais imponentes. Seguíamos rumo ao centro do fiorde, onde a embarcação ancoraria para a noite.

Pouco tempo depois, as atividades ao ar livre iniciaram. De fato, havia duas opções: um passeio de caiaque ou uma navegação em uma lancha auxiliar (tender boat). Assim, optamos pela segunda opção e embarcamos na lancha com um pequeno grupo. A experiência foi sensacional pois a guia nos levou bem próximos às encostas verticais do fiorde e até conseguimos ver focas mergulhando.

Barco auxiliar do Milford Mariner, Milford Sound, Nova Zelândia.

Com o fim da atividade, retornamos ao barco e fomos direto ao salão principal, onde foi servido o jantar em estilo buffet. A refeição foi excelente, com várias opções de carnes, saladas, acompanhamentos e sobremesas — tudo saboroso e à vontade. Para completar, brindamos o dia com chopps gelados de cerveja local.

Depois do jantar, aproveitamos para dar mais uma volta pelos decks. Ainda houve tempo para uma pequena apresentação dos guias, que compartilharam informações valiosas sobre a formação geológica e a biodiversidade da região. Por fim, voltamos ao nosso camarote para descansar.

10º dia – Milford Sound com chuva e retorno a Queenstown

Acordando em Milford Sound: o espetáculo da natureza sob a chuva

Na manhã seguinte, acordamos com o som da chuva batendo suavemente no casco do barco. A princípio, o clima nublado e úmido poderia parecer um contratempo, mas logo percebemos que a chuva havia transformado o cenário em algo ainda mais espetacular.

Milford Mariner, Milford Sound, Nova Zelândia.

Graças à chuva, centenas de cachoeiras despencavam das montanhas, criando um espetáculo maravilhoso.

Logo após o café da manhã, muito bem servido a bordo, voltamos ao convés. O Milford Mariner iniciou sua navegação em direção ao mar aberto, e o clima se tornou ainda mais desafiador.

O vento forte e o balanço intenso das ondas exigiam firmeza ao caminhar pelo barco.

Como já previa essa situação, tomei Dramin e, felizmente, consegui aproveitar bem o trajeto, mesmo com o mar mais agitado.

Enquanto avançávamos, observamos um fenômeno fascinante: as quedas-d’água, impulsionadas pelo vento, pareciam subir ao invés de descer, criando cenas quase surreais diante dos paredões verticais do fiorde.

Depois de cruzarmos brevemente a linha que separa o fiorde do Mar da Tasmânia, o barco deu meia-volta e começou a retornar lentamente ao porto.

Já sabíamos que o cruzeiro estava chegando ao fim. Pouco antes da chegada, recolhemos nossas malas e descemos para o desembarque. Ao atracar, nos despedimos da tripulação e retornamos ao carro para iniciar nossa viagem.

Milford Mariner, Milford Sound, Nova Zelândia.
Retorno a Queenstown: cachoeiras, vilarejos e estrada

Após o desembarque em Milford Sound, ainda extasiados com tudo que havíamos vivido, sabíamos que a jornada não havia terminado. Tínhamos um longo caminho de volta até Queenstown, onde passaríamos a noite, e o trajeto, repleto de paisagens marcantes, nos ocuparia o restante do dia.

Deixamos o fiorde para trás e seguimos pela State Highway 94, retornando pela impressionante região do Homer Tunnel. Ao atravessarmos o túnel em direção ao interior, visualizamos uma nova paisagem: com o tempo ainda chuvoso, dezenas de cachoeiras desciam pelas encostas das montanhas, emoldurando a estrada de forma quase cinematográfica.

Homer Tunnel, State Highway 94, Nova Zelândia.
Garston: a vila mais afastada do litoral da Nova Zelândia

Conforme avançávamos, o céu começou a abrir lentamente, revelando novamente o azul e permitindo que o sol secasse parte da estrada. Por volta do meio-dia, decidimos fazer uma pausa em Garston, uma pequena e charmosa vila rural considerada o assentamento mais afastado do litoral da Nova Zelândia.

Garston, Nova Zelândia.

Garston se estabeleceu no século XIX como parte das rotas agrícolas e comerciais que ligavam a região sul à zona de Queenstown e às fazendas das Southland Plains. Hoje, embora tenha poucos habitantes, Garston é um refúgio sereno rodeado por colinas, pastagens e o rio Mataura.

Aproveitamos a área de descanso da vila para comer os sanduíches que levávamos conosco. A tranquilidade do lugar foi o cenário ideal para essa breve pausa antes de seguir viagem.

Logo após o almoço, retomamos a estrada e seguimos diretamente para Queenstown. Já no final da tarde, chegamos ao nosso destino e fizemos o check-in no Garden Court Suites & Apartments, onde havíamos reservado nossa estadia. Após tantos quilômetros, fomos direto descansar para nos preparar para o dia seguinte.

Nosso roteiro na Nova Zelândia

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