1º dia – Chegada e explorando Londrina
Chegamos a Londrina em um voo da Latam, saindo de Brasília com conexão em Guarulhos, e pousamos por volta das 9 da manhã. Logo depois, alugamos um carro no aeroporto e seguimos diretamente para o Bourbon Hotel Londrina, onde ficamos hospedados. Mais tarde, saímos para almoçar e aproveitamos para conhecer um pouco da cidade. Foi apenas um primeiro contato, mas já deu para sentir o clima agradável e organizado de Londrina.
Londrina
Londrina, localizada no norte do Paraná, é hoje uma cidade dinâmica, organizada e cheia de vida. Reconhecida por sua qualidade de gestão pública e por ser um importante polo regional, a cidade funciona como um verdadeiro elo entre o Sul e o Sudeste do Brasil, reunindo características de centro urbano, econômico e cultural.
Antes de sua colonização efetiva, o território era habitado por caingangues e pequenos agricultores que viviam da criação de animais e do cultivo para subsistência. No entanto, tudo mudou quando, na década de 1920, a Companhia de Terras Norte do Paraná, formada por investidores britânicos, iniciou a colonização da região. Ao se depararem com a névoa típica das matas locais, que lembrava a neblina londrina, os colonizadores decidiram batizar o novo núcleo de Londrina, ou seja, “pequena Londres”.
A cidade cresceu rapidamente, impulsionada pela fertilidade da Terra Roxa e pela chegada de migrantes de várias partes do Brasil, além de imigrantes vindos da Alemanha, Itália, Japão e outros países. Com esse movimento, Londrina se transformou em um polo agrícola poderoso.
Nas décadas seguintes, destacou-se principalmente com o café, chegando a ser conhecida como a Capital Mundial do Café. O chamado Ouro Verde trouxe prosperidade e consolidou Londrina como um dos centros mais promissores do interior brasileiro. Mais tarde, após a crise causada pelas geadas, a cidade se reinventou e expandiu suas atividades para a indústria, os serviços e a educação, garantindo seu papel como referência no norte do Paraná.
Santuário de Schoenstatt: espiritualidade e história em Londrina
Nossa primeira parada foi o Santuário de Schoenstatt, um lugar de profunda espiritualidade que também se conecta à própria história da cidade. Tudo começou em 25 de abril de 1948, quando o padre José Kentenich, fundador do movimento de Schoenstatt, colocou a pedra fundamental ao lado de uma pequena árvore, que mais tarde cresceria e se tornaria a mangueira frondosa que ainda hoje faz parte do local.
Foram necessários dois anos de trabalho até que se inaugurou o Santuário, em 18 de maio de 1950, tornando-se o segundo Santuário de Schoenstatt do Brasil, construído sob a responsabilidade da Ordem das Irmãs Maria de Schoenstatt. Atualmente, já existem 23 santuários espalhados pelo país.
Vale lembrar que o movimento nasceu em 1914, em um pequeno vilarejo no sul da Alemanha, cujo nome, Schoenstatt, significa “belo lugar”. No Brasil, sua presença começou em 1935, com a chegada das Irmãs Maria de Schoenstatt. Pouco tempo depois, em 1936, algumas delas chegaram a Londrina, ajudando a construir a história de fé da cidade.

Bosque Marechal Cândido Rondon: um refúgio verde que pede mais cuidado
O Bosque Marechal Cândido Rondon é uma das áreas verdes de Londrina e ocupa cerca de 20 mil metros quadrados, distribuídos em duas quadras. O espaço preserva espécies remanescentes da cobertura vegetal primitiva da região, sendo um importante registro natural no coração da cidade. A área foi doada pela Companhia de Terras Melhoramentos Norte do Paraná, responsável pela colonização de Londrina.
Apesar de sua relevância, a sensação ao caminhar pelo bosque é de que o local está um pouco abandonado, carecendo de maior cuidado e revitalização.

Catedral Metropolitana de Londrina: beleza e peculiaridade no coração da cidade
A Catedral Metropolitana de Londrina, dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, é um dos monumentos religiosos mais marcantes da cidade. Localizada na região central, a construção moderna chama a atenção de longe por seu formato de chalé, que pode ser visto de diferentes pontos de Londrina.
A história da Catedral acompanha o próprio crescimento do município. A primeira versão da igreja foi inaugurada em 1934, no ponto mais alto da área planejada para a cidade. Pouco depois, em 1937, surgiu o projeto em estilo neogótico, e em 1938 começou a construção, concluída em 1941, com novos acréscimos até 1951, quando foi instalado o relógio na torre. Mais tarde, em 1972, a igreja passou por uma ampliação e ganhou a imponência que hoje a caracteriza.
Ao visitar a catedral, tivemos a sensação imediata de estar diante de algo único. Achamos o templo muito bonito, diferente e peculiar, tanto pela sua forma arquitetônica quanto pela força simbólica que representa para Londrina.


Calçadão de Londrina: história e agito no centro da cidade
O Calçadão de Londrina é muito mais do que um simples espaço urbano. Desde a sua implantação, em 1977, ele se firmou como o verdadeiro epicentro financeiro e comercial da cidade. Além disso, tornou-se um ponto de encontro que combina compras, convivência e cultura.
A concepção do Calçadão nasceu da visão do arquiteto e ex-governador Jaime Lerner, que, inspirado na famosa Rua das Flores em Curitiba, idealizou um espaço de modernidade e integração social. Para dar vida a esse projeto, cinco quarteirões da Avenida Paraná se fecharam ao tráfego de veículos e, assim, o local se transformou em um ambiente feito para os pedestres.
O pavimento original também merece destaque. O delicado mosaico português, conhecido como “petit pavet”, foi desenhado pelo arquiteto Hely Bretas e deu ao espaço um toque artístico e sofisticado. Com o passar dos anos, no entanto, mudanças chegaram: a partir de 2010, o piso começou a ser substituído por pavers e, da mesma forma, as luminárias em formato de araucárias sofreram alterações.
Além de tudo isso, há um detalhe que dá ainda mais charme ao local: as cabines telefônicas vermelhas no estilo britânico, que evocam a atmosfera de Londres e reforçam a identidade de Londrina como a “pequena Londres” do Paraná.


Praça Rocha Pombo: conexão de espaços culturais
A Praça Rocha Pombo se destaca como um elo fundamental do conjunto arquitetônico de Londrina. De um lado, está o prédio da antiga estação ferroviária, hoje transformado no Museu de Arte. Do outro, encontra-se o edifício da antiga estação rodoviária, que atualmente abriga o Museu Histórico de Londrina (infelizmente fechado por reformas). Assim, a praça funciona como um verdadeiro ponto de ligação entre os dois espaços culturais.
Em seus primeiros tempos, os transeuntes atravessavam o espaço livremente, abrindo trilhas em várias direções. Com o passar dos anos, essas trilhas espontâneas se consolidaram, adotando-se como diretrizes urbanísticas na hora de planejar a urbanização definitiva da praça.

Encerrando o dia em Londrina: entre o Lago Igapó e o Bar Orestes
Após essas visitas, retornamos ao hotel para continuar nosso home office durante a tarde. O ambiente do Bourbon Hotel Londrina foi bastante confortável e nos permitiu trabalhar com tranquilidade. No entanto, ao anoitecer, decidimos que era hora de aproveitar um pouco mais a cidade.
Assim, saímos para dar uma volta e, pouco depois, chegamos ao Lago Igapó, um dos cartões-postais mais conhecidos de Londrina. O cenário, iluminado pelas luzes da cidade, estava especialmente bonito e, claro, aproveitamos para tirar algumas fotos.


Em seguida, seguimos para o Bar Orestes, onde pedimos alguns petiscos deliciosos. Por fim, retornamos ao hotel para descansar e recarregar as energias.
5º dia/1 – Últimas visitas em Londrina
Após passar o fim de semana em Tibagi, retornamos no domingo para Londrina e voltamos a nos hospedar no acolhedor Bourbon Hotel Londrina. Na manhã seguinte, começamos o dia com um café da manhã delicioso servido no próprio hotel, que oferecia várias opções fresquinhas e saborosas. Mais tarde, na hora do almoço, saímos para explorar mais alguns pontos da cidade.
Praça Tomi Nakagawa: Um Pedaço do Japão em Londrina
Visitamos a Praça Tomi Nakagawa, também conhecida como Praça do Centenário da Imigração Japonesa. Logo ao chegar, percebemos que o espaço funciona como uma verdadeira exposição de cultura e símbolos a céu aberto, refletindo a forte presença de descendentes japoneses na cidade.
O projeto arquitetônico-paisagístico se elaborou para refletir a filosofia e a história do Japão, unindo elementos tradicionais em um ambiente harmonioso. Dessa forma, a praça se transformou em um espaço de contemplação, convivência e preservação da memória dos imigrantes japoneses.
Além disso, a inauguração da praça em 2008 foi um momento de grande destaque para Londrina, pois contou com a presença do então príncipe herdeiro do Japão, Naruhito — hoje imperador — e do vice-presidente da República, José Alencar.

Lago Igapó: o cartão-postal de Londrina
Entre os espaços mais bonitos de Londrina, destaca-se o Lago Igapó, cujo nome, em tupi, significa “transvasamento de rios”. O lago se projetou em 1957 e, dois anos depois, em dezembro de 1959, se inaugurou como parte das comemorações do Jubileu de Prata de Londrina. Desde então, o Lago Igapó se consolidou como um dos principais cartões-postais da cidade. Além disso, o espaço passou recentemente por um projeto de revitalização.
Outro detalhe que chama muito a atenção é o letreiro com o nome da cidade, que se transformou em um ponto obrigatório para fotos. Ao redor do lago, forma-se um verdadeiro parque urbano, dividido em várias seções, todas repletas de áreas para prática esportiva, contemplação e descanso.


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