Brasil – Paraná II: Tibagi

2º dia – Descobrindo Tibagi

Na sexta-feira, aproveitamos a hora do almoço para iniciar nossa viagem até Tibagi. O percurso de aproximadamente 215 km levou pouco menos de três horas, já que as estradas estavam em boas condições e, por isso, a viagem foi tranquila.

Assim que chegamos, seguimos diretamente para o Hotel Itagy, onde fomos recebidos com muita simpatia. O hotel possui uma excelente estrutura, o que nos garantiu uma estadia confortável. Mais tarde, aproveitamos para sair e conhecer a cidade. Tibagi transmite um clima interiorano charmoso, daqueles que convidam a explorar cada cantinho sem pressa.

Tibagi

A cidade, situada nos Campos Gerais do Paraná e a apenas 200 km de Curitiba, surgiu oficialmente em 1872. Os colonizadores fundaram a cidade em meio à intensa exploração de diamantes no Rio Tibagi, e por isso ela ganhou o título de “Cidade do Diamante”.

Muito antes disso, povos indígenas já ocupavam a região. Os paleoíndios chegaram há cerca de 10 mil anos, depois vieram os Jês meridionais e, mais tarde, os tupis-guaranis, que caçavam, coletavam frutos e viviam em contato direto com a natureza do planalto paranaense.

A partir do século XVIII, bandeirantes e colonizadores paulistas avançaram em busca de ouro e diamantes. Assim, eles travaram confrontos com os indígenas, ocuparam as terras e lentamente estruturaram o povoado. Em 1872, Tibagi alcançou o status de vila, e em 1897, transformou-se em cidade.

Ladeira do Paredão: vista do Rio Tibagi

Nossa primeira visita foi a Ladeira do Paredão, um antigo caminho de pedras que ligava a parte alta à parte baixa da cidade. Assim, descendo a ladeira, existe um parque com um mirante, onde pudemos apreciar lindas vistas do Rio Tibagi.

Praça Edmundo Mercer: cultura e história em Tibagi

Na Praça Edmundo Mercer, encontramos três construções que revelam a importância cultural e histórica de Tibagi. Logo de início, avistamos a Biblioteca Pública Municipal, uma edificação de 1915 que, durante muitos anos, funcionou como o Grupo Escolar Telêmaco Borba até 1977. O prédio, com sua arquitetura eclética e influências neoclássicas, segue o modelo adotado pelo Paraná para escolas na época, refletindo tanto a visão educacional do estado quanto a uniformidade de seus projetos.

Biblioteca Pública Municipal, na Praça Edmundo Mercer, em Tibagi, Paraná, Brasil.

Em seguida, observamos a Casa da Cidade, um edifício que já serviu como sede da Prefeitura Municipal e da Câmara de Vereadores. Hoje, ele abriga a Casa da Cultura Peter Allan, espaço dedicado a valorizar e preservar as manifestações culturais da região. Por fim, vemos o Palácio do Diamante, uma construção da década de 1930 projetada pelo arquiteto alemão Max Staudacher. Inicialmente concebido para ser um convento dos padres redentoristas, o edifício acabou se tornando a sede da Prefeitura Municipal. Sua presença se conecta diretamente à história da cidade, já que desde 1754 o leito do Rio Tibagi revelava jazidas de ouro e diamante, fenômeno que inspirou o nome do Palácio.

No entanto, nenhum deles estava aberto no momento da visita. Assim, infelizmente não conseguimos conhecer seus interiores,

Praça Leopoldo Mercer e Igreja Matriz Nossa Senhora dos Remédios: fé em Tibagi

Ao visitar a Praça Leopoldo Mercer, nós encontramos a Igreja Matriz Nossa Senhora dos Remédios, um marco religioso e histórico de Tibagi. A paróquia foi criada em 1846, mas, com o passar do tempo, a antiga matriz construída por frei Gaudêncio já não comportava o número de fiéis. Assim, em 1936, derrubaram a primeira igreja e iniciaram a construção do novo templo, aproveitando as paredes laterais do antigo edifício e erguendo duas torres na parte frontal. Poucos anos depois, em 20 de junho de 1943, inauguraram a atual matriz, dedicada à Virgem dos Remédios, justamente durante as novenas e os festejos de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

As luzes do entardecer refletiam na fachada da igreja e pintavam o céu com cores lindas, que deram ainda mais beleza ao momento. Além disso, ao redor da praça, observamos casarões históricos muito bem preservados.

Para completar a experiência, nós jantamos em um desses casarões, no restaurante Undererê. O interior do espaço nos surpreendeu pela decoração de muito bom gosto, criando uma atmosfera charmosa.

Restaurante Undererê, na Praça Leopoldo Mercer, em Tibagi, Paraná, Brasil.

Após o jantar, retornamos ao Hotel Itagy, onde descansamos confortavelmente e recarregamos as energias para o dia seguinte.

3º dia/2 – Últimas visitas em Tibagi

Após concluirmos as visitas ao Parque Estadual do Guartelá e também à Fenda do Nick, retornamos para a cidade de Tibagi. Assim que chegamos, aproveitamos o tempo disponível para explorar outros pontos interessantes, que completaram o nosso roteiro do dia.

Parque Linear de Tibagi: letreiro e rio

Depois de voltarmos para Tibagi, aproveitamos para conhecer o Parque Linear, um espaço agradável que se tornou um dos pontos mais visitados da cidade. Logo na chegada, encontramos o famoso letreiro com o nome da cidade. Além disso, o parque oferece acesso direto ao Rio Tibagi. Caminhar por ali nos permitiu observar a beleza do rio bem de perto.

Mirante do Tibagi: vistas do Rio Tibagi

Ainda na cidade, seguimos para o Mirante do Tibagi, um dos pontos mais impressionantes da cidade. Do alto, conseguimos enxergar claramente o rio serpenteando. No entanto, também percebemos que a vegetação nativa é pouca, já que grande parte da área ao redor foi transformada em cultivo agrícola. Esse contraste entre o rio e as plantações extensas chama muito a atenção e mostra como o uso do solo modificou a paisagem original.

Mirante do Tibagi: vistas do Rio Tibagi, Paraná, Brasil.

Depois de todas as visitas do dia, retornamos ao Hotel Itagy, onde nos hospedávamos. Assim, encerramos o roteiro com tranquilidade e aproveitamos para descansar confortavelmente.

Nosso roteiro no Paraná

Conheça o resto de nossa aventura pelo Paraná nos links abaixo:

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