Brasil – Mato Grosso do Sul: cidades históricas, Pantanal e Serra do Amolar

Localizado na região Centro-Oeste do Brasil, o estado de Mato Grosso do Sul ocupa uma área de mais de 357 mil km², dimensão comparável à da Alemanha. Ao todo, o território é dividido em 79 municípios. Entre eles, destaca-se Campo Grande, sua capital e cidade mais populosa, além de outros importantes centros urbanos, como Dourados, Três Lagoas e Corumbá.

Embora o estado seja jovem, sua história é rica. De um lado, encontramos o Pantanal, uma das maiores áreas alagadas do planeta. Do outro, surgem planaltos e serras, como os que compõem o Parque Nacional da Serra da Bodoquena, que abriga rios cristalinos, grutas e cachoeiras. Essa diversidade geográfica sustenta uma economia igualmente forte, com destaque para a produção de soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, além da expressiva pecuária bovina.

História, gastronomia e cultura no Mato Grosso do Sul

Ainda nas primeiras décadas do século XX, surgiu o movimento pela separação da parte sul de Mato Grosso. No entanto, somente em 1977, o então presidente Ernesto Geisel assinou o decreto que criava oficialmente o novo estado, efetivado em 1979. A partir daí, Mato Grosso do Sul começou a construir sua própria identidade, marcada por uma rica cultura regional.

Desde muito antes disso, povos indígenas como os Guarani e Terena já habitavam a região. Com o tempo, chegaram as expedições espanholas e portuguesas, sendo o explorador Aleixo Garcia o primeiro europeu a alcançar essas terras. Assim, o estado foi se formando por diferentes influências — indígenas, ibéricas e sul-americanas.

Quando falamos de cultura local, inevitavelmente surge a gastronomia pantaneira. Influenciada pelas tradições do Paraguai e da Bolívia, ela tem nos peixes como o pacu, pintado e dourado seus principais representantes. O tereré, bebida típica e símbolo cultural, é patrimônio imaterial do estado. Em Campo Grande, o destaque fica com o sobá, herança da imigração japonesa que se transformou em prato típico da capital.

Além disso, no campo artístico, o estado pulsa ao som de ritmos como o rasqueado, chamamé e guarânia. Festas como a do tereré, a dança do siriri e festivais em cidades como Campo Grande e Corumbá revelam o dinamismo cultural sul-mato-grossense.

A viagem pelo Mato Grosso do Sul

Começamos nossa viagem com um trajeto de carro rumo a Aquidauana e depois a Miranda, dois municípios que nos conduzem ao coração do Pantanal. Nos hospedamos na Pousada Santa Clara, que funciona como uma fazenda integrada à natureza. Durante a estadia, fizemos passeios de observação da fauna e flora, entrando em contato direto com a biodiversidade local.

Em seguida, seguimos para Corumbá, cidade de fronteira com a Bolívia, localizada às margens do rio Paraguai. Caminhamos por suas ruas e exploramos sua história, marcada por disputas territoriais, influência espanhola e um passado ligado à navegação fluvial.

Logo depois, partimos para a extraordinária Serra do Amolar, uma das regiões mais remotas e preservadas do Pantanal. As paisagens e o silêncio da natureza nos causaram um impacto profundo, tornando essa etapa uma das mais marcantes da viagem.

No retorno, fizemos uma última parada em Campo Grande. Tivemos tempo de explorar a capital com calma antes de pegar o voo de volta para Brasília. Assim, encerramos nossa jornada por Mato Grosso do Sul, um estado que surpreende por sua geografia diversa e seu legado cultural.

Essa viagem está dividida em vários posts que detalham cada etapa dessa aventura. Confira os links para explorar todos os destinos:

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