Espanha – País Basco I: Bilbao

1º dia – Descobrindo os encantos da capital de Biscaia

Chegamos a Bilbao na noite anterior. Cristina e eu saímos de Brasília e encontramos minha mãe no Aeroporto de Madrid. De lá, seguimos juntos para Bilbao, prontos para começar nossa aventura no coração do País Basco.

Nos hospedamos no Petit Palace Arana, um hotel charmoso bem no centro da cidade, que facilitou nossa exploração a pé. Logo pela manhã, após um café da manhã delicioso e muito completo no próprio hotel, saímos para descobrir Bilbao a pé.

Mas, antes de nos perdermos nas ruas encantadoras dessa cidade vibrante, um pouco de informação sobre o que torna Bilbao tão especial.

Bilbao (Bilbo)

Bilbao, capital da província de Biscaia, é a cidade mais populosa do País Basco, com cerca de 350.000 habitantes. Fundada no final do século XIII, Bilbao sempre teve um papel de destaque no cenário comercial da costa cantábrica. Sua localização estratégica, aliada aos privilégios concedidos pela Coroa de Castela, permitiu que a cidade se tornasse um importante enclave portuário.

Ao longo dos séculos, o porto de Bilbao floresceu, especialmente pela exportação de lã da Castela e, mais tarde, de ferro extraído das minas da Biscaia. Esse desenvolvimento consolidou a cidade como um ponto-chave no comércio europeu. Hoje, embora a cidade tenha se transformado em um vibrante centro cultural e artístico, ainda podemos ver os vestígios dessa história fascinante nas ruas e no espírito inovador de Bilbao.

Durante o século XIX e início do século XX, Bilbao passou por um intenso processo de industrialização, tornando-se o epicentro da segunda região industrial mais importante da Espanha, ficando atrás apenas de Barcelona. Esse período foi marcado por um crescimento populacional e urbano impressionante, que levou à anexação de vários municípios vizinhos e à expansão da cidade.

Hoje, Bilbao é uma cidade próspera e moderna, onde o setor de serviços predomina. A revitalização estética, social e econômica da cidade é visível em cada esquina, com o icônico Museu Guggenheim à frente desse movimento. Mais do que um simples museu, o Guggenheim simboliza a transformação de Bilbao em um dos destinos culturais e artísticos mais vibrantes da Europa.

O Mercado de la Ribera: um ícone da arquitetura e gastronomia de Bilbao

Horário: 08:00 – 00:00 horas

Saindo do hotel e caminhando pelas encantadoras ruas do centro de Bilbao, logo chegamos ao famoso Mercado de la Ribera, situado às margens da ria de Bilbao.

Inaugurado em 1929, o Mercado de la Ribera é um dos tesouros arquitetônicos de Bilbao. Projetado pelo arquiteto Pedro de Ispizua, o edifício foi construído em concreto armado, seguindo o estilo racionalista típico da época. Com impressionantes 10.000 metros quadrados, é considerado o maior mercado coberto da Europa.

Ao passear por seus corredores, você encontrará uma infinidade de bancas repletas de produtos frescos, diretamente das hortas locais e do Mar Cantábrico. Este mercado é um verdadeiro paraíso para os amantes da gastronomia, oferecendo uma oportunidade única de vivenciar a riqueza culinária da região em um ambiente autêntico e vibrante.

Na foto, podemos apreciar uma visão única da Igreja de San Antón através de um dos lindos vitrais do Mercado de la Ribera.

Igreja de San Antón, desde o Mercado de La Ribera, mostrando seus vitrais
A iconografia de Bilbao: a Igreja de San Antón

Horário: 10:00 – 13:00 horas e 15:00 – 18:30 horas

Entre os marcos mais queridos pelos moradores de Bilbao, destaca-se a Igreja de San Antón, considerada um dos maiores símbolos da cidade. Situada às margens da Ría de Bilbao, ela compõe um cenário impressionante ao lado do Mercado de la Ribera e da Ponte de San Antón. Tamanha é sua importância que sua imagem figura até no brasão oficial de Bilbao.

Embora a igreja atual tenha sido consagrada em 1433, o local já possuía relevância muito antes disso. Por volta de 300 anos antes, funcionavam ali um mercado de peixes e um armazém fluvial. Mais tarde, em 1334, o rei Alfonso XI de Castela mandou construir uma fortaleza com muralhas, também usadas como defesa contra enchentes. Escavações realizadas em 2002 revelaram partes dessas estruturas, hoje visíveis atrás do altar.

A partir de 1478, iniciaram a expansão da igreja, que culminou na elegante estrutura gótica finalizada por volta de 1510. Ao longo dos séculos, o templo passou por diversas transformações. Adicionaram, por exemplo, um pórtico renascentista, uma varanda, três capelas gótico-renascentistas e, em 1775, a torre do sino barroca. Em 1902, construíram a sacristia e os escritórios paroquiais em estilo neogótico, completando sua forma atual.

Mesmo diante de desastres naturais, como as cheias de 1983, que destruíram parte do mobiliário, a igreja resistiu com firmeza. Por tudo isso, em 1984, o governo declarou o templo como Monumento Histórico-Artístico Nacional.

Igreja de San Antón, desde a Ponte de San Antón
A Catedral de Santiago: o coração espiritual de Bilbao

Horário: 10:00 – 18:30 horas

Subindo pela Rua de la Tendería — sobre a qual falarei mais adiante —, chegamos à imponente Catedral de Santiago, um dos marcos mais reverenciados de Bilbao. Dedicada a São Tiago Maior, padroeiro da cidade, a catedral tem profunda ligação com o Caminho de Santiago, já que uma ramificação do Caminho da Costa passa por aqui, tornando o templo um ponto essencial para os peregrinos.

A atual construção gótica surgiu sobre uma antiga ermida medieval, ligada às primeiras peregrinações. Com suas três naves adornadas por abóbadas em cruzaria, a igreja impressiona desde o primeiro olhar. O destaque fica para o claustro gótico, os vitrais luminosos e a simbólica Puerta del Ángel, que servia de entrada aos caminhantes de fé.

Embora o estilo predominante seja o gótico florido, a fachada e a torre foram acrescentadas apenas no século XIX. Por sua vez, a cripta utiliza elementos da antiga ermida, criando um elo entre o passado e o presente.

A história da catedral é marcada por tragédias e renascimentos. A primeira igreja, construída antes de 1300, foi ampliada com o crescimento da cidade, mas em 1374, um incêndio destruiu quase tudo. Em resposta, o Papa Gregório XI concedeu indulgências a quem contribuísse com a reconstrução, viabilizando assim a obra monumental que admiramos hoje.

Ao comprar o ingresso, você também pode visitar a Igreja de San Antón. Ambos os templos oferecem audioguias informativos. Na foto, vemos o belo claustro, um refúgio de serenidade e contemplação no coração da cidade.

Claustro da Catedral de Santiago
As Sete Ruas de Bilbao: a alma histórica da cidade

Há pouco mais de 700 anos, o nobre castelhano Diego López de Haro fundou Bilbao às margens da ria do Nervión, que logo se tornaria o principal centro comercial do norte da Península Ibérica. A recém-nascida cidade cresceu em torno de três ruas na margem direita da ria, protegida por uma muralha de seis metros de altura. Ao longo dos séculos, Bilbao foi expandindo, e, em meados do século XV, uma licença real permitiu a criação de mais quatro ruas, formando o que hoje conhecemos como as Sete Ruas de Bilbao.

Assim, essas ruas icônicas formam o coração da Cidade Velha de Bilbao, onde a essência da cidade pode ser sentida em cada esquina. Aqui estão elas:

  • Somera: Significa “a rua acima” e marca o ponto de partida da Cidade Velha.
  • Artecalle: A “rua do meio”, que abrigava grande parte dos negócios da região.
  • Tendería: A “rua das lojas”, onde os artesãos locais mantinham seus estabelecimentos.
  • Belosticalle: Conhecida como “a rua de cima” ou “rua da pesca”, devido à presença de vendedores de peixe.
  • Carnicería Vieja: A “rua dos açougues”, onde ficava o primeiro matadouro da cidade.
  • Barrencalle: Significa “a rua abaixo”, onde está o Palácio Arana, o mais antigo de Bilbao.
  • Barrencalle Barrena: “A rua lá embaixo”, a mais afetada pelas constantes inundações da ria.
Cursiosidades das Sete Ruas

Essas sete ruas testemunharam momentos decisivos na história de Bilbao, desde as guerras carlistas até os ataques da Guerra Civil, passando por incêndios e inundações. As estreitas vielas entre as casas dão um charme especial à área, e nelas você pode ver pequenas passagens que, após a chuva, se transformam em riachos correndo pelas ruas de paralelepípedos. Em muitas dessas 16 vielas, roupas penduradas ao ar livre estão protegidas por guarda-chuvas, uma cena típica que reflete o clima chuvoso da cidade.

Na foto, podemos observar uma das pitorescas vielas que atravessam a Rua Carnicería Vieja, onde as roupas penduradas estão protegidas por guarda-chuvas coloridos.

Viela na Rua Carnicería Vieja, nas Siete Calles de Bilbao

Por outra parte, a Cidade Velha de Bilbao é também o berço de figuras ilustres como o escritor Miguel de Unamuno e o músico Juan Crisóstomo de Arriaga, chamado de “o Mozart espanhol”. E, claro, não podemos esquecer que essa área é um dos melhores locais para compras, com uma grande variedade de lojas, desde marcas de roupas até pequenas oficinas de artesanato. Além disso, se você está em busca dos famosos pintxos, a gastronomia do País Basco brilha nas tavernas do centro histórico.

Na foto, podemos ver uma das tradicionais lojas de alimentos na Artekale, famosa pela venda de bacalhau — um dos produtos mais emblemáticos da culinária basca. Essas lojas fazem parte da história de Bilbao, preservando tradições que passam de geração em geração.

Loja antiga de produtos tradicionais na Artekale, Sete Ruas de Bilbao
A história da Rua de Ronda: onde nasceu Miguel de Unamuno

O nome da Rua de Ronda remonta ao século XIV, quando servia como o caminho utilizado para as patrulhas de vigilância fora das muralhas que protegiam a cidade de Bilbao. Originalmente conhecida como Caminho de Ronda, só foi uma rua de fato no início do século XIX, quando se construiu a calçada para os números pares das casas que se alinham à encosta da Montanha de Zabalbide.

Assim, erguida sobre a antiga muralha da vila, a rua ainda guarda vestígios dessa época, com casas que datam do século XVII. Como já mencionado, uma figura ilustre nasceu no número 16 desta rua: o renomado escritor e filósofo Miguel de Unamuno, em 27 de setembro de 1864.

Casa onde nasceu Unamuno, na Rua Ronda, em Bilbao
Igreja dos Santos Juanes: um tesouro barroco e renascentista em Bilbao

Horário: 08:30 – 12.00 horas e 17:30 – 20:30 horas

A Igreja dos Santos Juanes, construída no século XVII, é um exemplo da arquitetura barroca com toques renascentistas, ocupando o local onde, antigamente, existia uma fundação jesuítica: o Colégio e Igreja de San Andrés. De fato, a igreja segue o tradicional modelo de construção jesuíta, com planta em cruz latina inserida em um retângulo, e possui uma nave central ladeada por capelas.

Com o passar dos anos, a igreja passou por diversas transformações, mas manteve sua grandiosidade e importância histórica. Assim, um de seus maiores destaques é o altar dedicado ao Sagrado Coração. Apesar de que sofreu danos durante as terríveis enchentes de 1983, foi completamente restaurada, recuperando sua beleza original. Ao passarmos pela Igreja dos Santos Juanes, ela estava fechada, e infelizmente não pudemos visitar seu interior.

Igreja dos Santos Juanes
Basílica de Begoña: a igreja do povo de Bilbao

Horário: 10:00 – 20:30 horas. Subida na Plaza de Unamuno, pelas Calzadas de Mallona ou pelo elevador – ticket no metrô da Plaza de Unamuno

No início do século XVI, começaram as obras de construção de uma igreja no topo de um morro em Begoña, onde, segundo a tradição, havia aparecido uma imagem de Nossa Senhora. Mais de um século depois, as obras foram concluídas, e nasceu a grandiosa Basílica de Begoña, em homenagem à padroeira de Biscaia.

Este templo, de estilo gótico com elementos de outros estilos arquitetônicos, é composto por três naves cobertas por abóbadas, várias capelas e um impressionante retábulo de 1869. Um dos destaques da basílica é sua imponente torre, que abriga 24 sinos, capazes de tocar até sete melodias diferentes.

A localização estratégica da Basílica de Begoña não a poupou das tragédias da história. Durante as guerras carlistas, as tropas liberais incendiaram o interior do templo, mas, milagrosamente, a imagem de Nossa Senhora de Begoña foi preservada, o que só aumentou sua popularidade entre o povo de Bilbao. Hoje, a basílica é carinhosamente conhecida como Amatxu, que significa “mãezinha” em basco.

A devoção à Nossa Senhora de Begoña remonta ao século XV, quando os marinheiros e pescadores bascos rezavam por sua proteção em alto-mar. Hoje, essa tradição continua viva. Também, é comum ver o time do Athletic de Bilbao visitando a basílica para agradecer suas vitórias. Embora a Catedral de Santiago seja mais antiga e tenha importância histórica maior, a Basílica de Begoña sempre foi considerada “a igreja do povo”, recebendo um fluxo constante de visitantes.

Imagem de Nossa Senhora de Begoña
Subida pelas Calzadas de Mallona

A subida para alcançar a Basílica de Begoña pode ser feita de duas maneiras. Recomendo a caminhada pelas Calzadas de Mallona, que, embora exija um pouco de esforço, vale muito a pena pelas vistas e pela experiência. Para quem prefere evitar a caminhada, há um elevador localizado na estação de metrô Unamuno, mas é necessário comprar um ticket. No nosso caso, decidimos subir pelas Calzadas de Mallona e apreciar o trajeto a pé. Porém, como começou a chover, optamos por descer de elevador.

Calzadas de Mallona
Plaza Nueva: o centro social e histórico de Bilbao

No coração da Cidade Velha de Bilbao, encontramos a Plaza Nueva, um espaço que, desde sua construção em 1815, serve como o verdadeiro centro da vida social da cidade. Projetada em estilo neoclássico, a praça manteve sua estrutura original e, ao longo do tempo, tornou-se o principal palco de eventos e festas de Bilbao.

Com cinco entradas e 18 arcos semicirculares sustentados por colunas, a praça tem uma atmosfera de grandiosidade arquitetônica e um charme acolhedor. Seu nome, “Plaza Nueva”, surgiu porque já existia uma “Praça Velha”, localizada onde hoje se encontra o Mercado de la Ribera.

Ao longo dos anos, a praça passou por diversas mudanças. Já teve um busto de Diego López de Haro, um coreto e até uma grande fonte central. Atualmente, seu edifício mais emblemático abriga a Real Academia da Língua Basca (Euskaltzaindia), instituição dedicada à preservação do euskera.

As casas que rodeiam a praça revelam, com suas janelas de tamanhos diferentes, a antiga divisão social: os andares superiores, com janelas menores, abrigavam os serviços; os andares intermediários eram alugados; e os mais privilegiados viviam nos andares com janelas amplas. Inicialmente, pensaram em chamá-la Plaza de Fernando VII, com uma estátua do rei ao centro, mas a morte do monarca levou os moradores a dedicá-la ao povo.

Um dos episódios mais curiosos ocorreu em 1871, quando a praça foi transformada em Veneza para receber o rei Amadeo de Sabóia: com água, gôndolas e figurinos. Curiosamente, a quinta entrada surgiu após um bombardeio da Guerra Civil.

Real Academia da Língua Basca (Euskaltzaindia), na Plaza Nueva.

Hoje, a Plaza Nueva é conhecida por ser um dos melhores lugares de Bilbao para almoçar. De fato, aproveitamos a parada aquí para saborear alguns pintxos, acompanhados do tradicional vinho branco de Euskadi, o txacolí. Escolhemos o Sorgínzulo para a refeição, e foi uma excelente escolha — os pintxos estavam deliciosos.

Teatro Arriaga: o majestoso centro de arte de Bilbao

Inauguraram o Teatro Arriaga em 1890, e desde então ele se consolidou como um dos edifícios mais imponentes de Bilbao. O arquiteto Joaquín Rucoba, inspirado na célebre Ópera Garnier de Paris, projetou o teatro em um refinado estilo neobarroco. Desde o primeiro olhar, sua fachada elegante, com cúpula central, varanda delicada e duas colunas laterais imponentes, atrai todos que passam por ali.

O teatro recebeu esse nome em homenagem ao compositor bilbaíno Juan Crisóstomo de Arriaga, apelidado de “Mozart espanhol” por seu talento precoce. Ele compôs sua primeira ópera aos 13 anos e, infelizmente, morreu aos 19, vítima de tuberculose.

Ao longo de sua existência, o Teatro Arriaga não apenas acolheu espetáculos memoráveis, mas também testemunhou episódios marcantes da história da cidade. Infelizmente, enfrentou tragedias, como incêndios e inundações. A mais devastadora ocorreu em 1983, quando a ria de Bilbao transbordou, cobrindo boa parte da cidade com lama. O teatro foi duramente atingido e precisou passar por uma ampla reconstrução. Até hoje, uma marca visível na fachada indica o nível que a água atingiu naquele verão.

Atualmente, o teatro abriga uma programação diversificada, incluindo peças, musicais e apresentações de dança. Embora Bilbao conte com o moderno Palácio Euskalduna para grandes produções, o Teatro Arriaga continua sendo um símbolo cultural essencial da cidade.

Teatro Arriaga
Igreja de San Nicolás: templo barroco no centro de Bilbao

Horário: 10:30 – 12.30 horas e 17:30 – 20:00 horas

A Igreja de San Nicolás, um esplêndido exemplo da arquitetura barroca bilbaína, foi inaugurada em 1756 sob o traço do arquiteto Ignacio Ibero. Localizada no coração do centro histórico de Bilbao, mais precisamente na Plaza de San Nicolás, a igreja exibe sua fachada voltada diretamente para o Teatro Arriaga, criando, portanto, uma conexão visual entre dois dos marcos mais icônicos da cidade.

Originalmente, no entanto, esse local abrigava apenas uma modesta ermida, construída para atender aos pescadores que viviam fora dos limites da vila medieval de Bilbao. A primeira igreja, erguida em 1490 e dedicada a San Nicolás de Bari, padroeiro dos navegantes, não resistiu ao tempo: as frequentes enchentes a colocaram em ruínas, e a estrutura teve que ser demolida. Posteriormente, a nova construção de 1756 também enfrentou diversos obstáculos. Durante a Guerra da Independência, as autoridades fecharam o templo. Em 1816, um raio atingiu a igreja, causando sérios danos, e, em tempos de conflito, como nas Guerras Carlistas, o edifício foi transformado em armazém militar.

Infelizmente, durante nossa visita, não conseguimos acessar o interior, pois a igreja estava fechada. Ainda assim, como revela a foto tirada a partir do Parque do Arenal, sua fachada barroca impressiona por si só.

Igreja de San Nicolás no Parque do Arenal
Ponte do Arenal: a primeira ponte de ferro fundido da Espanha

Construída em 1847 para facilitar o acesso à zona de Abando, a Ponte do Arenal tornou-se um marco importante na infraestrutura de Bilbao. Naquela época, a cidade contava apenas com duas pontes para atravessar a ria: a Ponte de San Antón e a Ponte Pênsil de São Francisco. A Ponte do Arenal fez história ao se tornar a primeira ponte de ferro fundido conhecida na Espanha.

Ao longo dos anos, a ponte passou por várias remodelações e ampliações, até que, em 1940, assumiu sua forma atual. Oficialmente chamada de Ponte da Vitória desde então, a população de Bilbao continua a se referir a ela carinhosamente como Ponte do Arenal. Esse ponto de travessia é mais que uma simples ponte: é um símbolo da evolução e modernização da cidade.

Estação La Concordia: uma joia modernista de Bilbao

Inaugurada em 1898, a Estação La Concordia, coloquialmente conhecida como Estação de Santander, é uma das verdadeiras joias arquitetônicas de Bilbao. Este edifício único, construído para ser a estação ferroviária da ferrovia que conecta Bilbao à cidade de Santander, é de estilo modernista.

Juntamente com o Teatro Arriaga, é considerada uma das heranças mais genuínas da cidade durante a época da Belle Époque. Em 2007, a estação passou por uma grande renovação, transformando completamente seu interior, embora tenha mantido sua impressionante fachada histórica.

Estação La Concordia (Estação de Santander)
Parque do Arenal: história e arte em Bilbao

Há alguns anos, o Parque do Arenal ganhou um novo e tocante elemento em seus jardins: a escultura chamada “A última pessoa que morreu em solidão”, obra do artista Rubén Orozco. A escultura é uma homenagem a Mercedes, uma mulher de Bilbao de 89 anos, que serviu de inspiração para o artista. O objetivo da obra é despertar a consciência da sociedade sobre a solidão que muitas pessoas enfrentam, sensibilizando todos para essa realidade.

No parque, encontramos três trilhas que, no início do século XX, refletiam a separação das classes sociais de Bilbao. A primeira é a trilha dos padres, onde caminhavam os idosos da cidade acompanhados pelos padres da Igreja de San Nicolás. A segunda, conhecida como trilha dos senhores, era exclusiva para estudantes e filhos das famílias mais importantes da cidade. Por fim, a trilha da alpargata era o espaço onde as pessoas que se dedicavam ao artesanato se reuniam.

Outro destaque do Parque do Arenal é o quiosque de música, um projeto que demorou para se concretizar, mas que hoje é um símbolo. Inspirado na arquitetura Art Déco, o quiosque tem uma cobertura espetacular e é adornado com duas alegorias musicais.

A Ria de Bilbao: o pulmão econômico e cultural da cidade

Antes de mais nada, é importante entender o que significa “ria”. Uma ria é um braço de mar que penetra no interior da costa, tendo características marinhas, como a influência das marés, e não fluviais.

Na cidade de Basauri, onde os rios Nervión e Ibaizabal se encontram, nasce a Ria de Bilbao, que ao longo dos seus 23 quilômetros se tornou o motor econômico da cidade. A ria de Bilbao atravessa a cidade, dividindo-a em duas partes. Desde o seu início, a cidade cresceu às margens da ria, que oferecia pesca abundante e uma rota segura para o transporte de mercadorias. Historicamente, a Cidade Velha, situada na margem direita da ria, abrigava os comerciantes e a nova burguesia, enquanto na margem oposta viviam os mineiros e trabalhadores, criando uma divisão natural entre as classes sociais.

Durante o auge industrial de Bilbao, a ria foi gravemente afetada pela poluição das fábricas, que despejavam resíduos diretamente em suas águas. De fato, na metade do século XX, a ria tornou-se um foco de doenças e poluição, levando a população a se afastar para os bairros periféricos. Entretanto, na década de 1980, a cidade decidiu enfrentar o problema com um ambicioso projeto de saneamento que revitalizou completamente a ria de Bilbao. Assim, hoje, a ria é uma das áreas mais encantadoras de Bilbao.

Destaques na Ria de Bilbao

Nas margens da ria, encontram-se algumas das construções mais emblemáticas da cidade, como o Museu Guggenheim, a Torre Iberdrola, o Palácio Euskalduna e o centro comercial Zubiarte. Além disso, pontes icônicas como a Ponte da Salve e a Ponte de Calatrava cruzam suas águas, evidenciando a importância arquitetônica dessa área. Nesse sentido, a ria de Bilbao tornou-se uma verdadeira vitrine para a arquitetura mundial, abrigando obras de cinco vencedores do Prêmio Pritzker: Frank Gehry (Museu Guggenheim), Rafael Moneo (Biblioteca da Universidade de Deusto), Álvaro Siza (Paraninfo da Universidade do País Basco), Zaha Hadid (Zarrozaurre) e Norman Foster (metrô de Bilbao).

Ria de Bilbao
Passeio Campo de Volantín: um percurso cênico pelas margens da Ria de Bilbao

O Passeio Campo de Volantín é uma rota encantadora que começa na Prefeitura de Bilbao e segue até a confluência da Praça da Salve com a Avenida das Universidades, logo abaixo da Ponte La Salve. Situado na margem direita da ria de Bilbao, o passeio conecta-se ao Passeio Uribitarte, na margem esquerda, através da moderna Ponte Zubizuri, uma das pontes mais icônicas da cidade.

Ao longo do passeio, você poderá admirar vários edifícios e esculturas de destaque que emolduram a paisagem: a própria Prefeitura de Bilbao, a impressionante Ponte Zubizuri, o elegante Hotel Hesperia Bilbao e o Hotel Barceló Bilbao Nervión. Além disso, o passeio passa pelo histórico Palácio Olabarri, e você também encontrará a notável escultura “Variante Ovóide da Desocupação da Esfera”, obra do renomado escultor basco Jorge de Oteiza, que enriquece ainda mais esse percurso cheio de arte e cultura.

Prefeitura de Bilbao: história e arquitetura eclética

O edifício que abriga a Prefeitura de Bilbao, inaugurado em 17 de abril de 1892, foi uma obra do renomado arquiteto municipal Joaquín Rucoba, que projetou o prédio em um estilo eclético. Antes da construção da prefeitura, o Convento de San Agustín ocupava o local, que ficou em ruínas após a Primeira Guerra Carlista.

Na foto, tirada no Passeio Campo de Volantín, podemos ver a impressionante escultura “Variante Ovóide da Desocupação da Esfera” em destaque e, ao fundo, é possível admirar a imponente Prefeitura de Bilbao, que complementa o cenário, com uma combinação de arte moderna e arquitetura histórica.

Passeio Campo de Volantín, escultura Variante Ovóide da Desocupação da Esfera e Prefeitura de Bilbao
Ponte Zubizuri: beleza e controvérsia em Bilbao

A Ponte Zubizuri, que em basco significa “ponte branca”, é uma obra marcante do renomado arquiteto Santiago Calatrava em Bilbao. Com sua grande estrutura branca, composta por barras metálicas que lembram um veleiro, a ponte conecta o Ensanche de Bilbao ao Campo de Volantín. Desde sua inauguração em 1997, a Ponte Zubizuri se tornou um dos marcos mais emblemáticos da cidade e, como muitas das obras de Calatrava, também gerou polêmica.

Embora visualmente impressionante, a ponte enfrentou problemas práticos desde o início. O piso de vidro, que inicialmente era parte do design inovador, tornou-se um risco em dias de chuva, algo bastante comum no clima úmido de Bilbao. Escorregões, telhas quebradas e acidentes frequentes deixaram claro que o projeto não havia considerado adequadamente o clima local. Além disso, as mudanças de umidade e temperatura começaram a afetar a estrutura interna da ponte, gerando custos elevados de manutenção.

Para resolver esses problemas, se instalou um tapete antiderrapante sobre o piso de vidro, melhorando a segurança dos pedestres. Além disso, a ponte gerou mais controvérsia quando a Prefeitura de Bilbao decidiu construir uma passarela que ligava a ponte às Torres Isozaki, o que desagradou Calatrava. Ele processou a prefeitura, exigindo uma indenização de 3 milhões de euros, mas acabou recebendo apenas 30 mil euros.

Ponte Zubizuri, de Santiago Calatrava
Palácio Olabarri: de residência a futuro hotel de luxo

O Palácio Olabarri, construído no final do século XIX, é uma impressionante obra projetada pelo arquiteto Julián de Zubizarreta em 1894. Originalmente, o palácio se construiu como residência de José María de Olabarri, um dos empresários mais influentes da época. Com influências arquitetônicas francesas e inglesas, o edifício é um exemplo de elegância e opulência do período.

Desde 1953, o palácio abrigou a Autoridade Portuária de Bilbao, mas, no final de 2023, anunciaram que o histórico prédio se transformaria em um hotel de luxo, o que poderá trazer uma nova vida ao Palácio.

Palácio Olabarri
Funicular de Artxanda: transporte para uma vista espetacular

Horário: 07:15 – 22:00 horas

Desde que foi inaugurado em 1915, o funicular de Artxanda tem conectado de forma eficiente os moradores de Bilbao ao alto do Monte Artxanda, uma das montanhas que cercam a cidade. Ao longo do século XX, o serviço do funicular sofreu apenas duas interrupções significativas. A primeira ocorreu durante os bombardeios da Guerra Civil Espanhola, e a segunda aconteceu nas devastadoras inundações de 1983. No entanto, fora esses episódios excepcionais, o sistema manteve sua eficiência e regularidade, consolidando-se como um meio de transporte rápido, seguro e simbólico.

Atualmente, o funicular opera a cada 15 minutos. Em apenas 3 minutos, os passageiros completam o trajeto, desfrutando de uma vista que vai se revelando gradualmente, enquanto a cidade vai ficando para trás.

Funicular de Artxanda

Ao chegar ao topo do Monte Artxanda, encontramos um mirante impressionante, de onde se pode observar toda a extensão da ria de Bilbao. Esse ponto revela de forma clara como Bilbao se encaixa perfeitamente no seu apelido local de “botxo” — termo basco que significa “buraco” —, por estar envolta por montanhas por todos os lados.

Além disso, o monte abriga duas esculturas de grande valor simbólico: a Engrenagem, feita com ferro dos primeiros funiculares, e a Impressão Digital, uma tocante homenagem às vítimas da Guerra Civil.

Vistas de Bilbao de o topo do Monte Artxanda
Ponte da Salve: de estrutura funcional a ícone estético de Bilbao

Quando inauguraram a Ponte da Salve em 1972, muitos moradores de Bilbao a receberam como uma solução prática e necessária para os problemas de tráfego da cidade. Embora seu nome oficial fosse Ponte Príncipes de Espanha — título que permaneceu até 2016 —, a população local sempre a chamou, de forma carinhosa e espontânea, de Ponte da Salve. Naquele momento, a ponte não impressionava pela beleza, mas sim por sua funcionalidade e inovação. Com o passar dos anos, no entanto, a percepção mudou completamente: hoje, ela é admirada tanto pela sua eficiência urbana quanto pelo seu impacto visual.

Desde sua abertura, a ponte desempenhou um papel crucial. Resolveu graves problemas de mobilidade, sobretudo nas áreas ao norte de Bilbao, e melhorou significativamente o acesso entre os bairros periféricos e o centro. Além disso, sua altura de 23,5 metros permitia, na época, a passagem de grandes navios pela ria de Bilbao, que ainda era navegável até o coração da cidade.

Há ainda uma lenda local que reforça o imaginário em torno da ponte. Conta-se que os marinheiros, ao avistarem a Basílica de Begoña enquanto cruzavam a ponte, entoavam uma “salve” à Nossa Senhora de Begoña — o que teria originado o nome popular. No entanto, segundo registros históricos, a área já era conhecida como “La Salve” no século XIX, pois era ali que mulheres das aldeias vinham vender seus produtos e rezar à padroeira local.

Do funcional ao simbólico: arte, arquitetura e transformação urbana

O projeto da Ponte da Salve ficou a cargo do engenheiro Juan Batanero García-Geraldo, que introduziu inovações técnicas inéditas para a época. Foi a primeira ponte da Espanha a utilizar um sistema de cabos tensionados, além de ser uma das poucas com tabuleiro metálico.

Para facilitar o uso diário, especialmente por pedestres, a prefeitura de Bilbao instalou, em 1988, dois elevadores públicos que evitavam as longas escadas de acesso. A transformação estética e simbólica da ponte começou a ganhar força em 1997, com a inauguração do Museu Guggenheim. Dessa forma, o arquiteto Frank Gehry integrou parte da ponte ao projeto do museu, criando uma torre de acesso do lado esquerdo, o que consolidou a conexão entre a infraestrutura antiga e o novo ícone cultural da cidade.

Mais tarde, em 2006, para comemorar o 10º aniversário do museu, foi lançado um concurso de arte pública para revitalizar visualmente a ponte. O vencedor foi o artista francês Daniel Buren, que criou a obra L’Arc Rouge (O Arco Vermelho). Assim, a instalação, com seu forte contraste cromático, adicionou um toque contemporâneo e marcante.

Atualmente, a Ponte da Salve representa muito mais do que uma solução de engenharia. Ela se tornou um verdadeiro símbolo visual que conecta o passado industrial e funcional da cidade com sua fase atual de renascimento artístico e cultural.

Ponte La Salve e Ria de Bilbao
Museu Guggenheim de Bilbao: o ícone de titânio que transformou a cidade

Horário: 10:00 – 20:00 horas

Na margem esquerda do Nervión ergue-se uma das estruturas mais reconhecidas mundialmente: o Museu Guggenheim de Bilbao. Essa joia da arquitetura vanguardista do século XX é um dos museus mais visitados da Espanha, recebendo mais de um milhão de visitantes por ano.

A Fundação Guggenheim escolheu Bilbao para abrigar uma de suas prestigiosas sedes, juntando-se a outras cidades como Nova Iorque, Berlim, Veneza e Abu Dhabi. O objetivo era fortalecer a presença da fundação na Europa e revitalizar a cidade, que atravessava uma crise econômica e ambiental no final dos anos 1990.

O projeto do Museu Guggenheim começou em 1992, e o arquiteto responsável pela transformação de Bilbao foi o canadense Frank Gehry, que projetou um edifício inspirado na história marítima da cidade. O resultado é um colosso de titânio que lembra um navio ancorado na ria, simbolizando a conexão de Bilbao com o seu passado industrial. A tão aguardada inauguração do museu em 1997 marcou o início de uma nova era para a cidade, que deixou para trás seu passado poluído e entrou em um período de prosperidade e desenvolvimento.

A arquitetura do Museu Guggenheim é, por si só, uma obra-prima. Frank Gehry revestiu o exterior do museu com titânio, um material inovador e resistente. As 33 mil placas de titânio formam curvas e formas ovais que conferem ao edifício seu caráter único. Com 24 mil m² distribuídos em três andares e uma altura máxima de 50 metros, o interior do museu é igualmente fascinante, com corredores em zigue-zague que ligam as 19 salas expositivas a um átrio central.

Museu Guggenheim, com a Aranha Mama e a Grande Árvore e o Olho ao fundo

A coleção do Guggenheim inclui obras de arte moderna e contemporânea de artistas renomados, como Richard Serra, Anselm Kiefer, David Salle, Chillida, Jenny Holzer e Mark Rothko.

Outras obras de arte destacadas

Além das exposições internas, o exterior do museu conta com várias obras de arte imperdíveis:

  • Puppy: Criado por Jeff Koons, esse “jardim em forma de cachorro” logo se tornou o mascote de Bilbao. O colorido Puppy recebe os visitantes na entrada do museu e transmite uma mensagem de positividade e confiança.
  • Mama: A icônica aranha gigante de Louise Bourgeois homenageia a mãe da artista, representando qualidades como inteligência e proteção. A escultura, localizada nas margens da ría, contém ovos de mármore em sua parte inferior, simbolizando a fertilidade e o cuidado materno.
  • Tulipas: Também de Jeff Koons, essa escultura colorida representa a infância e a inocência. As brilhantes tulipas, localizadas em uma das laterais do museu, refletem o estilo alegre e vibrante do artista.
  • A Grande Árvore e o Olho: Esta escultura de Anish Kapoor está situada no lago do Guggenheim. Composta por 73 esferas que refletem a cidade, o museu e a ria, a obra proporciona uma experiência única e interativa para quem a contempla.
Interior do Museu Guggenheim

A coleção do Guggenheim é composta por obras de arte moderna e contemporânea de artistas renomados, como Richard Serra, Anselm Kiefer, David Salle, Chillida, Jenny Holzer e Mark Rothko. O museu abriga uma impressionante variedade de pinturas, esculturas e outras formas de arte, que ocupam seus amplos corredores.

Embora a fama do Museu Guggenheim seja muitas vezes atribuída ao seu exterior icônico, o interior também merece ser explorado. O museu abriga obras de arte em grande escala, muitas vezes incomuns em museus convencionais. Como podemos ver na foto, o espaço interior foi projetado para acomodar instalações monumentais, criando uma experiência imersiva e única para os visitantes.

Recomendo que você compre os ingressos para o Museu Guggenheim antecipadamente pela internet, já que é um dos museus mais visitados e os ingressos podem se esgotar.

Praça Indautxu: vanguardista, ideal para uma pausa

Inaugurada em 2006, com seu estilo vanguardista, tem um grande círculo de 40 metros de diâmetro que define o design. Além disso, a praça conta com uma centena de árvores com mobiliário urbano estiloso, ideal para uma pausa. Para quem viaja com crianças, há também uma área recreativa infantil de quase 300 metros quadrados. Mas cuidado: muitas crianças jogam bola por ali, e você pode acabar levando uma bolada enquanto descansa nos bancos!

Azkuna Zentroa – Espácio Alhóndiga: um espaço cultural modernista

Onde antes havia um simples armazém de vinhos, hoje se ergue o Azkuna Zentroa, um emblemático edifício modernista que se tornou um dos principais centros culturais de Bilbao. Projetado com uma visão inovadora, os três edifícios que compõem o espaço são sustentados por 43 pilares, cada um deles desenhado pelo cenógrafo italiano Lorenzo Baraldi. Essas colunas, com uma diversidade estilística fascinante, representam diferentes culturas, arquiteturas, guerras e religiões, destacando a importância que a arte tem na história da humanidade e em nossas vidas.

O Azkuna Zentroa oferece muito mais do que uma arquitetura impressionante. Em seus 43.000 metros quadrados de espaço público, há auditórios, salas de exposições, cinemas, um centro esportivo, restaurantes e muito mais. O ex-prefeito de Bilbao, Iñaki Azkuna, um dos principais promotores do projeto, o definiu como: “um ponto de encontro para a cultura e um catalisador para a convivência.”

Praça Moyúa: praça no centro da cidade com belos jardins

A Plaza Moyúa se encontra bem no centro de Bilbao. Desde o início do século XX, ela conecta algumas das principais vias da cidade, como a Gran Vía. Muitos também a chamam de Plaza Elíptica, por causa de seu formato oval. A praça reúne o urbanismo clássico com elementos modernistas, marcando o estilo da cidade. No centro, jardins circulares e uma fonte organizam o espaço e criam um ambiente agradável.

Em volta da praça, o Palácio Chávarri e o Hotel Carlton se destacam entre os edifícios que compõem a paisagem. A partir dali, você acessa com facilidade a Gran Vía, uma das avenidas mais movimentadas de Bilbao, ideal para caminhar, fazer compras ou explorar a cidade.

Finalizando o dia com um típico jantar da gastronomia basca

Finalizamos o dia com um jantar tradicional da gastronomia basca em um restaurante no centro histórico de Bilbao. A gente pediu marmitako, merluza a la ondarresa e lubina a la bilbaína, todos acompanhados de um delicioso txacolí, o famoso vinho branco da região. Os pratos não só estavam incríveis, mas também com um preço excelente.

Restaurante no centro histórico de Bilbao, com marmitako, merluza a la ondarresa e lubina a la bilbaína.

Conheça o resto de nossa aventura por País Basco nos links abaixo:

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