10º dia – Descobrindo o Kyoto Imperial, visitando palácios, castelos e templos icônicos
Na noite anterior, pegamos o trem rumo a Kyoto utilizando nosso JR Pass. Assim que chegamos diretamente à Estação de Kyoto, seguimos a pé até o Chisun Premium Kyoto Kujo, nosso hotel. Desde o primeiro momento, ficamos muito satisfeitos com a escolha, pois a estadia se mostrou excelente, tanto pelo conforto quanto pela localização estratégica. No dia seguinte, logo pela manhã, começamos o dia com um café da manhã variado, que oferecia opções tradicionais japonesas e internacionais. Dessa forma, conseguimos recarregar nossas energias para um dia intenso de explorações pela cidade.
Nossa primeira parada foi o Sento Imperial Palace, um palácio imperial secundário que serviu de residência para imperadores aposentados. Logo depois, seguimos para o Kyoto Imperial Palace, antiga residência dos imperadores do Japão antes da capital ser transferida para Tóquio. Durante a visita, caminhamos pelos vastos terrenos do palácio e, ao longo do percurso, apreciamos sua arquitetura elegante. Além disso, pudemos observar como suas estruturas refletem a sofisticação da corte imperial durante o Período Heian. Em seguida, continuamos nosso roteiro e seguimos para o Castelo Nijo, um dos marcos históricos mais importantes de Kyoto.
Encerramento do dia
Já na parte da tarde, após almoçar um delicioso teppanyaki, nos dirigimos ao Kinkaku-ji, o icônico Pavilhão Dourado. Assim que chegamos, ficamos fascinados pelo brilho dourado refletido no espelho d’água do lago ao redor, criando uma imagem absolutamente deslumbrante. No final da tarde, seguimos para o Templo Toji, um dos templos mais significativos de Kyoto. Esse local abriga a pagoda de cinco andares mais alta do Japão, que se destaca na paisagem da cidade.
Ainda assim, nossa jornada não terminou por aí. Mesmo após um dia cheio, ainda tivemos energia suficiente para visitar a Kyoto Tower. Lá de cima, apreciamos uma vista panorâmica espetacular da cidade iluminada, que nos proporcionou um encerramento perfeito para este primeiro dia em Kyoto.
Kyoto
Quioto, localizada na região Kansai, é uma das cidades mais emblemáticas do Japão. Como capital da prefeitura homônima, desempenhou um papel central na história japonesa, sendo a sede da Corte Imperial por mais de um milênio. De 794 a 1868, a cidade foi o coração político e cultural do país, até que transferiram a capital para Tóquio durante a Restauração Meiji.
Atualmente, Quioto abriga aproximadamente 1,47 milhão de habitantes e faz parte da região metropolitana de Keihanshin, que inclui Osaka e Kobe. Essa região concentra mais de 18,6 milhões de pessoas, sendo a segunda maior aglomeração urbana do Japão, ficando atrás apenas da Grande Tóquio. Curiosamente, a cidade já foi chamada de Meaco, que significa “capital”, e ainda hoje recebe apelidos como “Velha Capital” e “Cidade dos Samurais”.
A ascensão de Quioto e a mudança da capital
No século VIII, o Imperador Kanmu decidiu transferir a capital do Japão, que ficava em Nara, pois o clero budista havia se tornado muito influente nos assuntos governamentais. Assim, o monarca escolheu a pequena Vila de Uda, na Província de Yamashiro, para fundar a nova capital. Assim nasceu Heian-kyō – a “cidade da paz e tranquilidade” –, inspirada na grandiosa Changan, capital da Dinastia Tang na China.
Mesmo quando o governo militar dos xoguns se estabeleceu em cidades como Kamakura (Xogunato Kamakura) ou Edo (Xogunato Tokugawa), Quioto permaneceu como a capital imperial do Japão. Somente em 1869, após a queda do Xogunato Tokugawa, o Imperador Meiji transferiu oficialmente a Corte Imperial para Tóquio, encerrando mais de mil anos de protagonismo de Quioto.
Guerras e reconstrução: a resiliência da cidade
A cidade sofreu destruições severas durante a Guerra de Ōnin (1467–1477), um conflito que mergulhou o Japão em um período de desordem feudal. Durante essa guerra, as batalhas entre facções samurais devastaram Quioto. A destruição foi tão intensa que Quioto não se recuperou totalmente por mais de um século. Somente no final do século XVI, sob o governo de Toyotomi Hideyoshi, a cidade passou por um período de reconstrução e modernização.
Durante o Período Edo (1603–1868), Quioto floresceu economicamente e se tornou uma das três maiores cidades do Japão, ao lado de Osaka e Edo (Tóquio). No entanto, essa prosperidade foi abalada pela Rebelião Hamaguri em 1864, quando insurgentes insatisfeitos incendiaram 28.000 casas em protesto contra o Xogunato Tokugawa. Essa revolta demonstrou a crescente tensão política da época, pouco antes da Restauração Meiji.
A Segunda Guerra Mundial e o futuro de Quioto
Com a chegada da modernidade, Quioto enfrentou novos desafios. Em 1932, sua população ultrapassou 1 milhão de habitantes, consolidando-se como um dos centros urbanos mais importantes do Japão. No entanto, um dos momentos mais críticos da cidade ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial.
Os Estados Unidos consideraram lançar uma bomba atômica em Quioto, pois a cidade era um centro intelectual e cultural, e sua população era grande o suficiente para influenciar a decisão do Imperador em se render. Entretanto, Henry L. Stimson, Secretário de Guerra dos EUA, persuadiu o governo americano a remover Quioto da lista de alvos, substituindo-a por Nagasaki. Graças a essa decisão, Quioto permaneceu relativamente intacta durante os bombardeios.
Atualmente, Quioto se destaca por ser uma das poucas cidades japonesas que ainda preservam um grande número de construções históricas anteriores à guerra, incluindo as tradicionais machiya (casas de comerciantes). No entanto, a modernização continua a transformar a paisagem urbana, substituindo estruturas antigas por prédios modernos.
Visitando o Sento Imperial Palace: um jardim imperial em Quioto
Para explorar o Sento Imperial Palace, precisávamos garantir uma reserva online, já que o acesso, apesar de gratuito, exige agendamento prévio. Felizmente, conseguimos um horário para 09h30, o que nos permitiu organizar nosso dia de maneira eficiente. Assim, logo após o café da manhã, saímos do Hotel Chisun Premium Kyoto Kujo e seguimos de metrô, utilizando nosso cartão Pasmo, que também funciona no transporte público de Quioto.
O Sento Imperial Palace fica dentro do Parque Imperial de Quioto, bem em frente ao Palácio Imperial de Quioto. Esse palácio secundário foi construído em 1630 para servir de residência de aposentadoria do Imperador Gomizuno. Posteriormente, outros imperadores aposentados passaram a utilizá-lo como residência. No entanto, em 1854, um grande incêndio destruiu completamente seus edifícios, que nunca foram reconstruídos.
Em 1867, o Palácio Omiya foi erguido dentro do mesmo terreno e, atualmente, é utilizado como residência temporária da família imperial durante visitas a Quioto. Embora o passeio não permita a entrada nos edifícios, a visita compensa pelo belíssimo jardim do palácio, um dos melhores exemplos de jardim paisagístico para caminhadas no Japão.
O jardim se divide em duas áreas principais: North Pond e South Pond. O percurso pelos lagos revela um ambiente harmonioso e sereno, com pontes de pedra, lanternas tradicionais e árvores que criam uma paisagem deslumbrante em qualquer estação do ano. Caminhar por esse cenário nos proporcionou um momento de contemplação e conexão com a estética refinada dos jardins imperiais japoneses.



Explorando o Palácio Imperial de Quioto e seus belos jardins
Horário: 09:00 – 15:20 horas. Segunda-feira fechado.
Após a enriquecedora visita ao Sento Imperial Palace, seguimos diretamente para o Palácio Imperial de Quioto, que fica dentro do mesmo Parque Imperial de Quioto. Diferente do palácio anterior, não foi necessário fazer reserva antecipada, o que facilitou bastante o acesso. No entanto, percebemos que havia muito mais visitantes, tornando a experiência um pouco mais movimentada.
A Família Imperial do Japão viveu no Palácio Imperial de Quioto até 1868, quando decidiu transferir a capital para Tóquio. Em 1855, reconstruíram o palácio após sucessivos incêndios e realocações ao longo dos séculos. Muros imponentes envolvem os portões ornamentados, salões cerimoniais e jardins exuberantes que compõem o complexo. No passado, os imperadores Taisho e Showa participaram de suas cerimônias de entronização no Salão Principal do palácio. Hoje, o Palácio Imperial de Tóquio recebe essa tradição imperial.
Durante a visita, tivemos a oportunidade de contemplar os edifícios e passear pelos exuberantes jardins, que preservam a estética refinada da arquitetura imperial, mas, infelizmente, não é permitido entrar nos edifícios.



Explorando o Castelo de Nijo: história, arquitetura e beleza natural
Horário: 08:45 – 16:00 horas. Aberto todos os dias.
Após finalizar nossa visita ao Palácio Imperial de Quioto, seguimos para a estação de metrô e descemos na Nijojo-mae Station. A partir dali, caminhamos até a entrada do Castelo de Nijo, uma das construções mais impressionantes de Kyoto.
O Castelo de Nijo foi construído em 1603 para servir como a residência de Tokugawa Ieyasu, o primeiro xogum do Período Edo (1603-1867). Seu neto, Iemitsu, expandiu a estrutura, adicionando um magnífico castelo de cinco andares ao complexo. Entretanto, com o declínio do Xogunato Tokugawa, o castelo passou a ser usado como um Palácio Imperial, até ser doado à cidade e aberto ao público. Desde 1994, ele faz parte do Patrimônio Mundial da UNESCO, sendo um dos exemplos mais bem preservados da arquitetura da era feudal japonesa.
O castelo se divide em três áreas principais:
- Honmaru – círculo principal de defesa.
- Ninomaru – círculo secundário de defesa.
- Jardins e espaços abertos, que cercam o complexo.
Assim que passamos pelo grande portão leste, seguimos em direção ao icônico Portão Karamon, um belo portão de influência chinesa que dá acesso ao Palácio Ninomaru.

Palácio Ninomaru: onde os xoguns tomavam decisões
O Palácio Ninomaru servia como residência oficial e escritório do shogun durante suas estadias em Kyoto. Atravessamos seus corredores de pisos rouxinol, projetados para ranger ao menor passo e, assim, dificultava a aproximação silenciosa de invasores. O interior do palácio impressiona pelos tetos ornamentados, pelas portas deslizantes (fusuma) lindamente pintadas e pelos tatames impecavelmente dispostos.
Percorremos diversas salas de audiência e de espera, cada uma reservada a pessoas de diferentes níveis hierárquicos. Somente os mais importantes tinham permissão para se aproximar do xogum, enquanto aqueles de menor status aguardavam em salas separadas, sem qualquer visão direta do governante.
Saindo do palácio, caminhamos pelo Jardim Ninomaru, um jardim paisagístico tradicional com um lago central, pedras ornamentais e pinheiros meticulosamente podados.

Honmaru e as ruínas da torre de menagem
Seguimos para o Honmaru, que antigamente abrigava um palácio secundário e uma torre de menagem de cinco andares. Infelizmente, ambas as estruturas foram destruídas por incêndios no século XVIII e nunca reconstruídas. Hoje, o Palácio Honmaru, que foi realocado do Palácio Imperial Katsura, ocupa o local, mas só abre para visitação em ocasiões especiais.
Mesmo sem acesso ao interior do palácio, ainda assim caminhamos pelos jardins do Honmaru. Em seguida, subimos até a base de pedra da antiga torre de menagem, que proporcionava uma visão privilegiada do entorno. De lá, tivemos uma vista panorâmica espetacular do Castelo e de Kyoto.

Kinkakuji: o deslumbrante Pavilhão Dourado
Horário: 09:00 – 17:00 horas. Aberto todos os dias.
Chegada e almoçando teppanyaki
Agora nos dirigimos até Kinkakuji, e para isso pegamos o metrô Karasuma até a estação Kitaoji. De lá, seguimos de ônibus até o famoso Pavilhão Dourado. No entanto, antes de entrar na atração, percebemos que estávamos com fome e decidimos procurar um lugar para almoçar. Por sorte, encontramos um restaurante especializado em teppanyaki, um estilo de preparo onde os ingredientes, como carnes, frutos do mar e vegetais, são grelhados em uma chapa de ferro quente, geralmente na frente dos clientes. Esse método de cozimento realça os sabores dos ingredientes e proporciona uma experiência interativa e envolvente.
Optamos por um teppanyaki de cordeiro, e a escolha não poderia ter sido melhor. O sabor da carne estava incrível, suculenta e perfeitamente grelhada. Como não tínhamos muita experiência com o preparo, a atendente do restaurante, muito prestativa, nos ajudou a cozinhar da melhor forma possível, explicando os detalhes do processo. Completamente satisfeitos com a refeição, finalmente seguimos para o Pavilhão Dourado.

Kinkakuji: um dos símbolos de Quioto
Kinkakuji é um templo Zen localizado, e seus dois andares superiores são completamente cobertos por folhas de ouro. Curiosamente, seu nome original é Rokuonji, pois originalmente servia como a casa de repouso do shogun Ashikaga Yoshimitsu. Conforme estipulado em seu testamento, o local foi transformado em um templo Zen da seita Rinzai após sua morte em 1408. Algumas décadas depois, o templo serviu de inspiração para o Ginkakuji (Pavilhão de Prata), construído por seu neto Ashikaga Yoshimasa, localizado no outro lado da cidade.
Ao chegar, ficamos impressionados com a beleza do pavilhão, que se reflete perfeitamente no lago em frente. Apesar de ser o único edifício restante do antigo complexo de aposentadoria de Yoshimitsu, o Kinkakuji carrega consigo uma história de renascimentos. Infelizmente, destruíram o templo várias vezes, incluindo durante a Guerra Onin no século XV. Além disso, em 1950, um monge fanático incendiou a estrutura novamente, o que levou à reconstrução do edifício atual em 1955.
Kinkakuji representa perfeitamente a cultura Kitayama, que floresceu entre os círculos aristocráticos de Kyoto durante a época de Yoshimitsu. Curiosamente, cada um de seus andares exibe um estilo arquitetônico diferente. O primeiro andar, construído no estilo Shinden, típico dos palácios do Período Heian, combina pilares de madeira com paredes de gesso, criando contraste com os andares superiores cobertos de ouro. Nesse andar, estão armazenadas estátuas do Buda Shaka e do próprio Yoshimitsu.
O segundo andar, de estilo Bukke, típico das residências dos samurais, tem seu exterior coberto de folhas de ouro. Dentro dele, encontra-se uma estátua de Kannon Bodhisattva, cercada pelos Quatro Reis Celestiais. No entanto, essas estátuas não são acessíveis ao público. Por fim, o terceiro andar segue o estilo de um Zen Hall chinês, sendo dourado tanto por dentro quanto por fora. No topo, uma fênix dourada coroa a estrutura.


Caminhando pelos jardins do Kinkakuji
Após contemplarmos o Kinkakuji do outro lado do lago, seguimos pelo caminho que leva aos antigos aposentos do sacerdote principal (hojo). De fato, essas salas preservam portas de correr pintadas à mão (fusuma), conhecidas por sua beleza e detalhes artísticos. No entanto, o templo mantém essas áreas fechadas ao público.
Pouco depois, atravessamos os belíssimos jardins do templo, que Yoshimitsu idealizou e cuja disposição original continua intacta. Entre os pontos de interesse, o Lago Anmintaku se destaca e, curiosamente, a tradição local afirma que essa pequena lagoa nunca seca. Próximo dali, encontramos algumas estátuas, onde muitos visitantes tentam arremessar moedas para atrair sorte. Avançamos pelo trajeto e chegamos à Sekkatei Teahouse, uma adição ao complexo durante o Período Edo. Ao final da visita, saímos da área paga do templo e caminhamos por um espaço com diversas lojinhas de souvenirs.
Antes de partirmos, visitamos o Fudo Hall, um pequeno templo localizado próximo à saída. Ali, observamos uma estátua de Fudo Myoo, um dos Cinco Reis da Sabedoria, reconhecido como um importante protetor do budismo. De acordo com a tradição, Kobo Daishi, uma das figuras mais influentes da história budista japonesa, esculpiu essa imagem sagrada.

Templo Toji: o pagode mais alto do Japão e a tradição do Budismo Shingon
Horário: 08:00 – 16:30 horas. Aberto todos os dias.
Após a visita ao Pavilhão Dourado, pegamos o ônibus de volta e seguimos de metrô até o Templo Toji. Quando chegamos, percebemos que o local estava prestes a fechar. Como não teríamos tempo suficiente para explorar tudo, decidimos não comprar o ingresso. No entanto, aproveitamos ao máximo a área externa gratuita, admirando suas impressionantes construções e sentindo a atmosfera espiritual do templo.
O Templo Toji, que significa literalmente “Templo do Leste”, foi fundado no início do Período Heian logo após a transferência da capital imperial para Kyoto, no final dos anos 700. Originalmente, o templo fazia par com o agora extinto Saiji (“Templo Ocidental”), e juntos protegiam a entrada sul da cidade. Assim, ambos serviam como templos guardiões da nova capital imperial. De fato, com o passar dos séculos, Toji tornou-se um dos templos mais importantes de Kyoto e, atualmente, integra a lista de Patrimônios Mundiais da UNESCO.
Cerca de trinta anos após sua fundação, Toji se tornou ainda mais relevante. Kobo Daishi, o fundador da seita Shingon do budismo japonês, recebeu o título de sacerdote principal do templo. Dessa forma, sob sua liderança, o local foi ampliado e passou a desempenhar um papel central no budismo esotérico japonês.

Principais construções do Templo
Entre as estruturas mais importantes, o Kondo Hall se destaca como o salão principal do templo e o maior edifício do complexo. Originalmente construído junto com o templo, Kondo foi destruído por um incêndio em 1486. Mais tarde, no início do Período Edo, o salão foi reconstruído em um estilo arquitetônico mais contemporâneo. No seu interior, encontra-se a estátua de Buda Yakushi, ladeado pelos Bodhisattvas Nikko e Gakko, representando a cura e a iluminação.
Logo ao lado, encontramos o Kodo Hall, um acréscimo feito por Kobo Daishi em 825. Esse espaço servia como sala de aula para os monges e, assim como o Kondo, o incêndio de 1486 também destruiu ele. Felizmente, reconstruíram a estrutura posteriormente, mantendo seu estilo arquitetônico original. No interior, encontramos 19 estátuas trazidas da China por Kobo Daishi, cuidadosamente organizadas em uma mandala, onde o Dainichi Buddha (Vairocana) ocupa o centro, cercado por Budas, bodhisattvas e divindades protetoras.
O grande ícone do Templo Toji e um dos marcos mais conhecidos de Kyoto é, sem dúvida, seu pagode de cinco andares. Kobo Daishi ergueu a estrutura original em 826, mas ao longo da história, incendiaram o pagode várias vezes. A versão atual, reconstruída em 1644, atinge 57 metros de altura, tornando-se o pagode de madeira mais alto do Japão. Com sua presença imponente, ele pode ser avistado de vários pontos da cidade, consolidando-se como um dos cartões-postais de Kyoto.

No Miedo Hall, também conhecido como Salão do Fundador, encontra-se uma estátua dedicada a Kobo Daishi, um dos locais de maior devoção para os seguidores do budismo Shingon. Logo ao lado, avistamos o Museu Homotsukan, que guarda preciosos tesouros do Templo Toji. O museu exibe estátuas budistas, escrituras sagradas e outros artefatos históricos que revelam a riqueza espiritual e artística do templo.
Encerrando o dia com uma vista panorâmica na Kyoto Tower
Horário: 10:30 – 20:30 horas.
Mesmo após um dia intenso de explorações por Kyoto, decidimos caminhar até a Kyoto Tower para encerrar nossa jornada com uma vista panorâmica da cidade. Assim que nos aproximamos, não demoramos a notar a estrutura imponente da Kyoto Tower, que se destaca na paisagem como um dos raros marcos modernos da cidade.
Com 131 metros de altura, a Kyoto Tower se consagra como a estrutura mais alta da cidade. Sua localização privilegiada, bem em frente à Estação de Kyoto, faz dela um ponto de referência para quem chega ou parte da cidade. Além disso, sua inauguração em 1964 coincidiu com dois momentos históricos para o Japão: a abertura do shinkansen, o trem-bala que revolucionou o transporte no país, e a realização das Olimpíadas de Tóquio, que simbolizaram a modernização do Japão no cenário mundial.

O design da torre também chama atenção. Diferente de outras torres de observação, como a Tokyo Tower, que segue um estilo mais industrial, a Kyoto Tower foi inspirada no formato de um farol. De fato, esse conceito reflete a ideia de iluminar a cidade, guiando tanto moradores quanto visitantes que exploram Kyoto.
Subimos até a plataforma de observação, localizada a 100 metros de altura, e fomos surpreendidos por uma vista de 360 graus da cidade. Mesmo já sendo noite, as luzes de Kyoto criavam uma atmosfera encantadora. A Kyoto Tower não é apenas um mirante. Assim, sua base abriga um prédio comercial que oferece uma série de opções para os visitantes. Antes de irmos embora, exploramos um pouco o interior do edifício, que conta com lojas de souvenirs, restaurantes e até um hotel.

Nosso roteiro no Japão
Descubra mais sobre nossa viagem pelo Japão clicando nos links abaixo:
- Japão I – Tóquio: Shinjuku e Shibuya
- Japão II – Tóquio: Chiyoda, Ueno, Akihabara e Roppongi
- Japão III – Tóquio: Sumida, Asakusa e Odaiba
- Japão IV – Tóquio: Shiba, Chuo e Ginza
- Japão V – Monte Fuji
- Japão VI – Takayama: Old Town
- Japão VII – Takayama: Higashiyama Walking Course e Hida Folk Village
- Japão VIII – Kanazawa: Kenrokuen Garden e Kanazawa Castle
- Japão IX – Kanazawa: Nagamachi Samurai District, Nishi Chaya District e Higashi Chaya District
- Japão XI – Kyoto: Fushimi Inari, Higashiyama e Gion
- Japão XII – Kyoto: Arashiyama e Estação de Kyoto
- Japão XIII – Nara