Chegada na Nova Zelândia
Nosso roteiro pela Nova Zelândia começou com a chegada ao Aeroporto de Auckland por volta das 5h15 da manhã. Depois de uma longa jornada, saímos de Brasília para Guarulhos, onde embarcamos em um voo de aproximadamente 4 horas com a Latam até Santiago. Em seguida, pegamos outro voo, desta vez de 12 horas, também com a Latam, até finalmente aterrissarmos na maior cidade do país.
Na chegada ao Aeroporto de Auckland, demoramos bastante para entrar efetivamente no país. Primeiro, enfrentamos uma fila longa na migração. Apesar de nem brasileiros nem espanhóis precisarem de visto para entrar na Nova Zelândia, é necessário preencher um formulário eletrônico e pagar uma taxa obrigatória. Fizemos isso pelo app NZeTA (New Zealand Electronic Travel Authority), que recomendamos baixar com antecedência ou acessar pelo site oficial.
Além disso, também tivemos que lidar com outro processo: a declaração de bagagens e itens que estávamos trazendo. A Nova Zelândia é extremamente rigorosa com questões de biossegurança. Por isso, baixamos o app “NZ Customs Declaration“, onde é preciso declarar tudo o que pode representar risco ao meio ambiente local — como, por exemplo, equipamentos de trilha. Eu mesmo declarei minhas botas.
Após a migração, seguimos para outra fila, também bastante longa, onde os viajantes são classificados e suas bagagens podem ser inspecionadas com mais rigor. É importante estar preparado para esse processo, que pode levar algumas horas.
1º dia – Auckland vibrante: da icônica Sky Tower ao charme à beira-mar de Viaduct Harbour
Sabendo que chegaríamos exaustos após tantas horas de viagem, organizamos tudo com antecedência. Para garantir um deslocamento tranquilo até o hotel, reservamos um transfer com a empresa SuperShuttle, que nos levou diretamente à nossa hospedagem sem complicações.
Optamos por ficar no Airedale Boutique Suites, um hotel localizado na icônica Queen Street, uma das avenidas mais movimentadas e bem situadas da cidade. Foi um dos melhores hotéis em que nos hospedamos na Nova Zelândia, com uma excelente relação qualidade-preço. E, para nossa surpresa positiva, mesmo chegando muito cedo ao hotel, conseguimos fazer o check-in imediatamente. Tomamos um banho rápido e já saímos para explorar a cidade.
Nosso primeiro passeio nos levou pela própria Queen Street, onde tivemos a primeira impressão do ritmo dinâmico de Auckland. Logo depois, seguimos para a Sky Tower, o edifício mais alto da Nova Zelândia, de onde admiramos vistas panorâmicas incríveis da cidade. Em frente à Sky Tower, visitamos o Wētā Workshop Unleashed, uma atração imersiva e interativa onde experimentamos diversas funcionalidades dos filmes. Em seguida, caminhamos até o Albert Park, um refúgio verde no meio do centro urbano, perfeito para uma breve pausa.
Continuamos em direção ao Britomart, um bairro moderno que combina arquitetura histórica com lojas sofisticadas, cafés e bares descolados, onde almoçamos. De lá, seguimos até o Viaduct Harbour, uma das áreas mais charmosas da cidade, repleta de restaurantes à beira-mar e uma atmosfera vibrante. Por fim, chegamos ao Wynyard Quarter, um espaço revitalizado que une lazer, gastronomia e belas vistas da orla.
Auckland
A Nova Zelândia pode ter Wellington como sua capital, mas é Auckland que se destaca como a maior e mais vibrante cidade do país. Além de ser o centro financeiro e econômico neozelandês, a cidade abriga cerca de 1,4 milhão de habitantes, o que representa aproximadamente 31% da população do país.
Fundada em 1840, Auckland está estrategicamente situada na Ilha Norte, sobre um estreito que separa dois portos naturais: o porto de Manukau, que se abre para o Mar da Tasmânia, e o porto de Waitematā, que se conecta ao Golfo de Hauraki, no Oceano Pacífico. Uma das características mais marcantes da cidade é sua localização sobre um campo vulcânico, repleto de cones adormecidos.
A história de Auckland
Após a assinatura do Tratado de Waitangi, no início da década de 1840, o então governador da colônia britânica, William Hobson, precisou escolher uma nova capital para a colônia. Até aquele momento, a capital efetiva era Kororāreka (atual Russell), localizada na Bay of Islands. No entanto, essa cidade estava longe dos principais centros de desenvolvimento e possuía uma má reputação devido ao alcoolismo e à criminalidade.
Diante desse cenário, Hobson seguiu os conselhos do missionário Henry Williamson e escolheu a costa sul do porto de Waitematā para sediar a nova capital. A terra foi adquirida da tribo Ngāti Whātua, e a cerimônia de fundação ocorreu em 18 de setembro de 1840. O nome da cidade foi escolhido em homenagem a George Eden, primeiro duque de Auckland, que era um grande amigo e protetor de Hobson.
Apesar de sua importância crescente, Auckland permaneceu como capital do país por apenas 25 anos. Em 1865, a sede do governo foi transferida para Wellington, que oferecia uma posição mais centralizada em relação às duas ilhas principais do país.
Mesmo perdendo o título de capital, Auckland continuou se expandindo e se consolidando como o principal centro econômico, financeiro e cultural da Nova Zelândia. Hoje, a cidade é um dos destinos mais dinâmicos do país, combinando modernidade, diversidade cultural e belezas naturais.
Queen Street: o coração comercial de Auckland
A Queen Street é muito mais do que apenas uma rua movimentada no centro de Auckland. Conhecida como a “Golden Mile”, essa icônica avenida é o principal eixo comercial da cidade, repleta de lojas, restaurantes, teatros e pontos históricos.


Enquanto exploramos a Queen Street, logo chegamos ao icônico Civic Theatre, da década de 1920. Originalmente um cinema luxuoso, esse espaço foi restaurado e hoje recebe diversas apresentações ao vivo, incluindo peças de teatro, musicais e concertos.
Praticamente ao lado, encontramos o Auckland Town Hall, um dos edifícios mais emblemáticos da cidade. Desde sua inauguração, em 1911, essa construção tem sido um importante centro da vida política e cultural de Auckland. Além disso, o local abriga uma das melhores salas de concerto do país, conhecida por sua acústica impecável.

Logo ao lado do Town Hall, descobrimos a Aotea Square, uma grande praça pública que se tornou um dos pontos de encontro mais populares da cidade. Esse espaço recebe eventos culturais de todos os tipos, incluindo festivais, apresentações de música ao vivo, desfiles e performances de artes cênicas.

Compras na Queen Street
Assim que chegamos à base da Queen Street, encontramos o Commercial Bay Shopping Centre, um complexo moderno que abriga mais de 120 lojas de moda e beleza. Além disso, esse shopping se destaca por sua área gastronômica, o Harbour Eats, que oferece a maior variedade de comidas e bebidas do país.
Seguindo pela avenida, nos deparamos com a tradicional Smith & Caughey’s, fundada em 1880, é uma das lojas de departamento mais prestigiadas do país.
Sky Tower: o icônico mirante de Auckland
A Sky Tower se destaca como o maior ícone de Auckland e, sem dúvida, representa um dos pontos turísticos mais imperdíveis da cidade. Com 328 metros de altura, essa imponente torre oferece uma vista panorâmica espetacular. Além disso, sua estrutura impressionante domina o horizonte e pode ser vista de quase qualquer ponto da cidade.

O ingresso comum garante acesso às duas plataformas de observação e ao Sky Lounge Café, onde podemos fazer uma pausa para admirar a paisagem enquanto desfrutamos de uma bebida quente. Por outro lado, quem deseja uma experiência gastronômica exclusiva precisa reservar uma mesa no Orbit 360° Dining, o restaurante giratório da Sky Tower.
Ao chegarmos, passamos pela bilheteria localizada na base da torre, onde encontramos uma loja cheia de souvenirs, incluindo bichos de pelúcia, bandeiras da Nova Zelândia e bonecas māori. Logo depois, embarcamos no elevador de alta velocidade, que nos leva diretamente aos decks de observação. Assim que pisamos no mirante, nos deparamos com uma vista de 360° de Auckland, revelando o Golfo de Hauraki, Rangitoto Island e Harbour Bridge.

Para quem busca adrenalina, a Sky Tower também oferece experiências radicais inesquecíveis. Primeiramente, temos o SkyWalk, que permite caminhar por fora da torre, a 192 metros de altura, sem grades, apenas preso por um arnês de segurança. Já para os mais corajosos, o SkyJump proporciona um salto controlado por cabos, simulando uma queda livre a uma velocidade de até 85 km/h.
A gente decidiu por não fazer nem o SkyJump nem o SkyWalk, preferimos só admirar a vista. Além do mais, não apetecia muito porque o tempo estava chuvoso.
Explorando o Weta Workshop Unleashed: a magia do cinema em Auckland
O Weta Workshop Unleashed é uma atração interativa e imersiva que nos transporta diretamente para os bastidores da produção cinematográfica, revelando os segredos por trás dos efeitos especiais e da criação de criaturas impressionantes.



Durante o passeio, percorremos diferentes ambientes temáticos que nos fazem sentir dentro de um verdadeiro estúdio de Hollywood. Além disso, vemos reproduções de figuras utilizadas nos filmes de Peter Jackson. Cada detalhe impressiona, desde os figurinos realistas até os conceitos e protótipos usados no desenvolvimento de criaturas e cenários.


Enquanto exploramos os corredores do Weta Workshop Unleashed, nos deparamos com uma grande variedade de elementos interativos. Por exemplo, há uma área dedicada a efeitos práticos, onde podemos ver como próteses, criaturas animadas e cenários são construídos manualmente. Além disso, uma das partes mais emocionantes do tour é um labirinto inspirado em filmes de terror.
Albert Park: um oásis verde no coração de Auckland
Ao explorar o centro de Auckland, nos deparamos com o Albert Park, um dos espaços verdes mais agradáveis da cidade. Localizado próximo à Universidade de Auckland, esse parque combina história, arte e natureza.
Antes de se tornar um parque, o Albert Park serviu como um posto de defesa. Construído em 1845, durante os conflitos entre colonizadores europeus e maoris, essa área desempenhou um papel estratégico nas guerras que marcaram o passado da Nova Zelândia.
Ao passearmos pelo Albert Park, várias estátuas e monumentos espalhados pelo parque chamam a atenção, como a imponente estátua da Rainha Victoria e o memorial da Boer War, que homenageia a participação da Nova Zelândia na guerra entre o Império Britânico e a República Sul-Africana.



Explorando Britomart e Quay Street: encontro do clássico com o moderno
Ao passearmos pelo centro de Auckland, logo chegamos a Britomart, um dos bairros mais dinâmicos e charmosos da cidade. Britomart leva esse nome em homenagem ao HMS Britomart, um brigue britânico que, em 1840, içou a Union Jack sobre Auckland pela primeira vez. Desde então, essa área passou por uma incrível transformação, tornando-se um dos distritos mais sofisticados e modernos da cidade. Atualmente, encontramos por ali um conjunto de prédios históricos restaurados, que abrigam uma grande variedade de atrações, de lojas de grife a bares badalados.
Ao caminharmos por Britomart, nos deparamos com butiques de roupas, estúdios, cafés e restaurantes sofisticados. Sem dúvida, esse bairro oferece uma das melhores experiências gastronômicas de Auckland, com opções que vão desde culinária internacional até pratos típicos neozelandeses.
De fato, foi aqui onde almoçamos, no restaurante The Brit. Assim, aproveitamos para experimentar dois dos pratos típicos do país: o fish and chips e o cordeiro. O fish and chips veio acompanhado de molho tártaro e ervilhas amassadas no estilo britânico. Já o prato de cordeiro veio com cortes tenros da carne ao molho escuro, acompanhado de legumes salteados, chips crocantes de batata-doce e pequenas bolinhas empanadas que deram um toque especial. Também provamos algumas das cervejas artesanais locais, que estavam ótimas e combinaram perfeitamente com a refeição.

Logo ao lado de Britomart, encontramos a icônica Quay Street, uma avenida que se estende paralela ao porto e proporciona um dos passeios mais agradáveis da cidade. Ao longo do caminho, encontramos píers movimentados, restaurantes com vista para o mar e áreas de descanso perfeitas para relaxar.



Viaduct Harbour: encontro perfeito entre história e sofisticação em Auckland
O Viaduct Harbour nem sempre foi um destino turístico sofisticado. Na verdade, esse local funcionava como um importante porto comercial de Auckland, repleto de armazéns e embarcações. No entanto, tudo mudou em 1995, quando o time neozelandês de vela conquistou a America’s Cup, em San Diego.
Com essa vitória histórica, a Nova Zelândia foi escolhida para sediar a competição no ano 2000. Dessa forma, o governo decidiu reconstruir completamente a região para acomodar os times e suas embarcações. Após o evento, a cidade aproveitou a estrutura reformada e transformou o espaço em um dos centros mais elegantes e movimentados de Auckland.


Hoje, ao caminharmos pelo Viaduct Harbour, encontramos uma área cheia de apartamentos modernos, escritórios sofisticados, bares e restaurantes badalados. Além disso, o local oferece uma vista espetacular para o porto, criando um cenário perfeito para passeios relaxantes ao longo da orla. Além do mais, o Viaduct Harbour também conta com uma grande variedade de restaurantes.
Wynyard Quarter: o novo espaço vibrante à beira-mar em Auckland
O Wynyard Quarter tem uma história fascinante. Durante décadas, essa área serviu como um distrito industrial fechado, sendo utilizada por empresas da indústria pesqueira e marítima. No entanto, a cidade de Auckland viu seu potencial e decidiu abrir esse espaço ao público, transformando-o em um ambiente dinâmico.


Com suas vistas deslumbrantes para o porto, suas ruas bem planejadas e sua atmosfera animada, Wynyard Quarter rapidamente se tornou um dos destinos mais procurados tanto por moradores quanto por visitantes. Hoje, ao caminharmos por ali, encontramos uma mistura perfeita entre arquitetura moderna e espaços verdes.
Uma das maneiras mais interessantes de acessar a região é atravessando a Te Wero Bridge, uma ponte levadiça que conecta o Viaduct Harbour diretamente ao bairro. Além de ser um caminho prático, essa travessia proporciona uma bela vista do porto e dos iates que enchem a marina.

Um dos destaques da região é o Silo Park, um espaço público moderno que combina lazer, arte e belas vistas do porto. Durante o dia, o parque é perfeito para relaxar ao ar livre, enquanto à noite, ele ganha vida com eventos culturais e projeções de filmes ao ar livre.

Outro ponto imperdível é o Auckland Fish Market. Para quem aprecia frutos do mar frescos, esse mercado oferece diversas opções de restaurantes e bancas especializadas em peixes e mariscos.
Catedral St. Patrick: o templo católico de Auckland
Voltando já para descansar no hotel Airedale Boutique Suites, passamos pela imponente St. Patrick’s Cathedral, um dos templos religiosos mais antigos e importantes de Auckland. A catedral, de arquitetura neogótica, começou a ser construída em 1848 e ainda hoje é um símbolo da presença católica na cidade. Seu interior é sereno e acolhedor, com vitrais coloridos e detalhes em madeira.


Nosso roteiro na Nova Zelândia
Descubra mais sobre nossa viagem pela Nova Zelândia clicando nos links abaixo:
- Nova Zelândia II – Auckland: Auckland Domain, Mount Eden, Parnell e Bastion Point
- Nova Zelândia III – Christchurch
- Nova Zelândia IV – Franz Josef Glacier
- Nova Zelândia V – Fox Glacier
- Nova Zelândia VI – Wanaka
- Nova Zelândia VII – Queenstown
- Nova Zelândia VIII – Arrowtown e Te Anau
- Nova Zelândia IX – Te Anau Milford Highway
- Nova Zelândia X – Milford Sound
- Nova Zelândia XI – Cromwell e Mount Cook Village
- Nova Zelândia XII – Mount Cook
- Nova Zelândia XIII – Lake Tekapo
- Nova Zelândia XIV – Hobbiton Movie Set
- Nova Zelândia XV – Rotorua