Nova Zelândia - Cromwell e Mount Cook Village

11º dia/1 – Central Otago e os caminhos rumo a Mount Cook

No décimo primeiro dia da nossa viagem, deixamos Queenstown logo cedo e seguimos em direção a Mount Cook Village. Pelo caminho, fizemos diversas paradas para apreciar paisagens naturais e visitar vilarejos com história. Primeiro passamos por Cromwell, e em seguida seguimos rumo ao Lindis Pass e às falésias de Omarama. Mais adiante, atravessamos mirantes ao longo do Lago Pukaki, com vistas que, mesmo sob nuvens, impressionavam. Por fim, já na região alpina, chegamos ao Mount Cook Village, onde encerramos esta etapa do dia.

Vistas lindas no Roaring Meg Lookout

Logo cedo, deixamos o hotel Garden Court Suites & Apartments, em Queenstown, e seguimos viagem rumo a Cromwell. A primeira parada do dia foi no Roaring Meg Lookout, um dos mirantes mais belos da região, localizado ao longo da Kawarau Gorge. Este ponto de observação oferece uma vista espetacular do desfiladeiro escavado pelo Rio Kawarau. O nome “Roaring Meg” remonta ao século XIX e está ligado às histórias da Corrida do Ouro, quando o som estrondoso da água já marcava esse ponto.

Roaring Meg Lookout, no Kawarau Gorge, Nova Zelândia.

Cromwell

Seguimos, então, para Cromwell, uma cidade com cerca de 7.500 habitantes. Cromwell se localiza na margem do Lago Dunstan, exatamente na confluência dos rios Clutha / Mata-Au e Kawarau. Fundada durante a Corrida do Ouro de Otago, na década de 1860, a cidade rapidamente se tornou um ponto estratégico para quem transitava entre Dunedin, Wānaka e Queenstown.

Com o declínio da mineração de ouro, Cromwell reinventou-se, passando a servir como centro de apoio para as atividades agrícolas e frutíferas da região. Tornou-se especialmente conhecida por sua produção de frutas de caroço (stone fruits) e pelo desenvolvimento da vitivinicultura, integrando a renomada rota dos vinhos de Central Otago.

Durante as décadas de 1980 e 1990, a construção da Represa Clyde e a criação do Lago Dunstan mudaram radicalmente a paisagem da cidade. Um terço de Cromwell precisou ser realocado devido à inundação, incluindo boa parte de seu centro histórico. Porém, muitos dos edifícios originais foram salvos com o esforço de voluntários, que os moveram para terrenos mais altos ou os reconstruíram fielmente.

Cromwell Heritage Precinct: a cidade velha

Ao chegar em Cromwell, nos dirigimos diretamente ao Cromwell Heritage Precinct, às margens do Lago Dunstan. Caminhar por esse distrito histórico foi como viajar no tempo. O lugar preserva a arquitetura dos séculos XIX e início do XX, com construções como o London House Stables, o chalé do Capitão Barry, a Cobb & Co Store, a Belfast Store e a Jolly’s Seed & Grain Store.

Tiramos lindas fotos nesse cenário pitoresco, cercado por construções de pedra e madeira restauradas com atenção aos detalhes. As fachadas antigas contrastam com a beleza natural do lago e das montanhas ao fundo, criando uma atmosfera encantadora.

Cromwell Heritage Precinct, Cromwell, Nova Zelândia.

Lindis Pass: atravessando os Alpes do Sul

Seguindo viagem, atravessamos o Lindis Pass, um dos trechos mais cênicos da Ilha Sul. A passagem liga Central Otago à Bacia de Mackenzie, cruzando vales e colinas cobertos por tussocks dourados. Assim, com 971 metros de altitude, o Lindis Pass oferece vistas abertas e espetaculares do interior montanhoso da Nova Zelândia, sendo um ponto imperdível para quem viaja rumo ao Mount Cook.

Clay Cliffs: as Falésias de Argila de Omarama

Ainda na região de Omarama, fizemos uma parada na Clay Cliffs View, formações geológicas compostas por colunas de argila e cascalho que se elevam verticalmente em tons ocres e esbranquiçados (moldadas pela erosão fluvial e glacial).

Falésias de Argila de Omarama, Nova Zelândia.

Lake Pukaki Information Centre: descanso com vista para o Mount Cook

Mais adiante, fizemos uma parada no Lake Pukaki Information Centre, um excelente ponto de apoio para os viajantes que seguem rumo ao Mount Cook. De fato, ali, aproveitamos para descansar, utilizar os banheiros e comprar salmão defumado, típico desta região.

Embora o céu estivesse nublado e não tivéssemos conseguido ver nitidamente o Mount Cook, a vista do lago já valia por si só. O contraste entre a água e o horizonte montanhoso nos deixou maravilhados.

Peter’s Lookout: panorama sobre o Lago Pukaki

Retomamos o trajeto pela Mount Cook Road (State Highway 80) e logo alcançamos o mirante Peter’s Lookout. De fato, esse ponto oferece uma das melhores vistas da estrada sinuosa que margeia o Lago Pukaki e aponta diretamente para o Mount Cook. Apesar das nuvens ainda encobrirem parcialmente o pico, o visual do lago e das montanhas ao redor foi espetacular.

Glentanner Lookout: vista para os Alpes do Sul

Pouco antes de alcançarmos nosso destino final, paramos rapidamente no Glentanner Lookout, mais um ponto para observar os Alpes do Sul. Dessa forma, o mirante nos permitiu admirar uma vastidão de campos abertos com o Lago Pukaki e cadeias de montanhas nevadas ao fundo.

Mount Cook Village

Finalmente, após esse trajeto repleto de belezas naturais, chegamos a Mount Cook Village, oficialmente chamada de Aoraki / Mount Cook. De fato, situada dentro do Parque Nacional Aoraki / Mount Cook, no fim da State Highway 80, a vila está a apenas 15 quilômetros ao sul do pico mais alto do país: o Mount Cook / Aoraki, com 3.724 metros.

A vila surgiu com a construção do primeiro Hotel Hermitage em 1913. Após um incêndio, ele foi substituído em 1958, sendo expandido nas décadas seguintes. Hoje, o vilarejo abriga cerca de 250 habitantes permanentes, ligados principalmente ao turismo e aos serviços do parque. Como está dentro de uma área protegida, não é possível comprar propriedades na vila.

Almoço com vistas espetaculares

Assim que chegamos, fizemos o check-in no Aoraki Mount Cook Alpine Lodge e aproveitamos para almoçar no The Old Mountaineer’s Café (o único bar/restaurante da vila – além dos do Hotel Hermitage), com vistas impressionantes para as montanhas ao redor.

The Old Mountaineer’s Café, no Mount Cook Village, Nova Zelândia.

Nosso roteiro na Nova Zelândia

Descubra mais sobre nossa viagem pela Nova Zelândia clicando nos links abaixo:

Nova Zelândia XI – Cromwell e Mount Cook Village