6º dia – Regresso de Gâmbia, Reserva Fathala e noite em Saly Portudal
Após uma intensa viagem de retorno da Gâmbia para o Senegal, marcada especialmente pelos desafios enfrentados na travessia da balsa do Rio Gâmbia, entre Banjul e Barra, finalmente chegamos à Reserva Fathala.
Em seguida, seguimos viagem para Saly Portudal, onde passamos a noite. Este foi o momento de descansar e nos preparar para o retorno ao Brasil no dia seguinte, encerrando assim uma viagem repleta de aventuras, descobertas culturais e paisagens deslumbrantes.
Caminhando com leões: uma experiência única na Reserva Fathala
Distância: 30 km (de Barra – Gâmbia). Duração: 45 minutos.
A Reserva Fathala, com mais de 2.000 hectares, integra a Floresta de Fathala e faz parte do Parque Nacional do Delta do Saloum. Este santuário natural abriga diversas espécies nativas, como búfalos, macacos e antílopes eland, e também animais introduzidos, como zebras e girafas. Além disso, sua flora impressiona com cerca de 400 espécies de plantas catalogadas.
Nossa chegada foi marcada por um contratempo logístico. Como não havia espaço para o carro no ferry entre Banjul e Barra, nos separamos temporariamente de nosso motorista, Samba. Enquanto ele aguardava a travessia, seguimos com nosso guia Mika em outro transporte. Essa mudança inesperada acabou agilizando a visita.
A caminhada com os leões
Assim que chegamos, fomos convidados para participar da famosa caminhada com leões. Admito que refletimos bastante antes de aceitar, já que somos sensíveis à questão dos animais em cativeiro e aos riscos de maus-tratos. No entanto, confiamos nas explicações e na experiência dos guias locais, que nos asseguraram sobre os cuidados tomados.
Guiados por profissionais experientes, seguimos instruções claras, como a regra de sempre permanecer atrás dos leões. Eu caminhei atrás do macho, enquanto Cristina acompanhou a fêmea. Em nenhum momento sentimos perigo, mas o respeito e a admiração pela força e beleza desses felinos eram evidentes.
Após o passeio, almoçamos na própria reserva e aguardamos algumas horas até a chegada de Samba e Mika, que precisou encontrá-lo em Barra. Nesse intervalo, optamos por não fazer o safári de carro para avistar outras espécies, preferindo guardar a energia e aproveitar o ambiente tranquilo da reserva.
Chegada e descanso em Saly Portudal
Distância: 180 km. Duração: 4 horas.
Saly Portudal, mais conhecida simplesmente como Saly, é um charmoso balneário localizado na Petite-Côte, ao sul de Dakar. Considerado o maior centro turístico da África Ocidental, Saly é um destino que combina praias paradisíacas, rica história e uma infraestrutura pensada para agradar aos viajantes que buscam relaxamento e lazer.
A vila original de Saly tem suas raízes em um antigo entreposto comercial português, que era chamado de “Porto de Ale”. Com o passar do tempo, o nome evoluiu para Portudal, que hoje dá origem ao nome da localidade. A transformação de Saly em um balneário turístico começou com a construção de um resort próximo à vila, inaugurado em fevereiro de 1984, durante o boom do turismo no Senegal.
Apesar de algumas fontes considerarem que Saly está situada dentro dos limites de M’bour, capital do departamento, a área ganhou autonomia administrativa ao ser elevada à condição de comuna em julho de 2008.
Quando chegamos ao nosso hotel em Saly Portudal, já era muito tarde e estávamos exaustos das intensas aventuras dos dias anteriores. Optamos por descansar no aconchegante Résidence Keurmaya, uma pousada estilo casa colonial, administrada por uma francesa, que nos proporcionou um ambiente acolhedor e relaxante. Nosso quarto ficava de frente para o mar, e ouvir o som das ondas enquanto descansávamos foi uma experiência simplesmente revigorante.
7º dia – Retorno ao Brasil
Na manhã seguinte, após um delicioso café da manhã, aproveitamos para dar uma última caminhada pela beira do mar. Depois desse breve passeio, começamos os preparativos para nossa viagem de retorno. De Saly, seguimos em direção ao Aeroporto Internacional Blaise Diagne, com destino a Madri, depois Guarulhos, e, finalmente, Brasília.
No aeroporto, foi o momento de nos despedirmos de Mika e Samba, nossos companheiros ao longo desta viagem. Ambos demonstraram um profissionalismo exemplar e foram guias incríveis, sempre prontos a compartilhar seu vasto conhecimento sobre o país e sua cultura. Mais do que guias, foram verdadeiras companhias que marcaram essa experiência.
Conheça o resto de nossa aventura no Senegal nos links abaixo: